terça-feira, 14 de maio de 2013

Petrobras capta US$ 11 bi, recorde em país emergente


Depois de seis meses ausente do mercado de títulos de dívida internacional, a Petrobras fechou ontem a maior captação externa da história já realizada por um emissor de mercados emergentes, considerando empresas e bancos. Em menos de um dia, levantou US$ 11 bilhões, divididos em seis tranches diferentes, quatro com taxas prefixadas e duas pós-fixadas. Segundo uma fonte que acompanhou a operação, a demanda superou US$ 40 bilhões.



No ranking global de emissões corporativas, incluindo o setor financeiro, a captação é a nona maior da história. Considerando apenas este ano, está na vice-liderança, atrás da captação da Apple, de US$ 17 bilhões.

Com a emissão de títulos prefixados de três anos, a Petrobras captou US$ 1,25 bilhão, pagando spread sobre os títulos do Tesouro americano de 175 pontos-base, abaixo dos 205 pontos previstos inicialmente. A oferta de títulos pós-fixados de três anos somou US$ 1 bilhão, com rendimento de 162 pontos mais Libor de três meses. Na operação prefixada com prazo de cinco anos, captou US$ 2 bilhões e pagou spread de 230 pontos sobre os títulos do Tesouro americano e mais US$ 1,5 bilhão na tranche pós-fixada, com rendimento de Libor mais 214 pontos. A tranche de dez anos alcançou US$ 3,5 bilhões, com prêmio de 260 pontos-base sobre os títulos do Tesouro americano, e os bônus de 30 anos somaram US$ 1,75 bilhão, com spread de 265 pontos.

A captação bilionária ajudou a derrubar o dólar, que fechou em queda de 0,74%, a maior desde 5 de abril. "Esses dólares entrarão rápido no mercado", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora. Segundo ele, os fluxos de entrada foram suficientes até mesmo para compensar a saída de estrangeiros da bolsa registrada ontem e que ajudou a derrubar o Ibovespa.

Fonte: Valor Econômico

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