Um
forte aliado para auxiliar no processo de fiscalização em localidades de
difícil acesso e identificação de áreas mineração no Brasil, está sendo testado
na região do Cariri. Trata-se do Veículo Aéreo não Tripulado (Vant). O projeto
vem sendo desenvolvido desde setembro de 2011, por meio do Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O
equipamento é um pequeno avião com plataforma de sensoriamento remoto, de
apenas 2,5 quilos. Ontem, os testes foram realizados na área de mineradoras,
entre as cidades de Nova Olinda e Santana do Cariri, onde há grande exploração
de calcário laminado.
A
coordenadora do projeto e geóloga do DNPM, Cristina Prando Bicho, esteve na
região para acompanhar os testes com uma equipe de técnicos do órgão, além dos
pesquisadores e integrantes da área do Geopark Araripe. Um dos objetivos é
manter um trabalho integrado com a coordenação do projeto, por meio da
Universidade Regional do Cariri (Urca), com equipes de pesquisas para a
realização de levantamentos e estudos nas áreas de mineração. O trabalho inicial
estaria voltado principalmente para o melhor aproveitamento dos rejeitos das
áreas de mineração do calcário.
Com
isso, segundo o chefe do escritório do DNPM no Crato, Artur Andrade, seria
possível se fazer um redimensionamento da área e um levantamento das quantidade
desse material. O Vant seria de essencial importância nesse trabalho, por
captar as imagens em vídeo e fotográficas, além de possibilitar o
acompanhamento das ações em tempo real do que está sendo realizado nas áreas de
exploração.
Nos
locais onde há retiradas de areia, por exemplo, se constatou maior eficiência
do equipamento, por conta do tempo de retirada do material.
Segundo
o vice-reitor da Urca, Patrício Melo, além desse trabalho inicial que pode ser
realizado nas minas, há outros projetos a serem desenvolvidos por meio da
parceria com o DNPM, que mantém um convênio com a universidade, principalmente
na área de abrangência do Geopark Araripe. O projeto do Vant foi desenvolvido
por meio de parceria com a Universidade de Brasília (UnB), utilizando diversas
tecnologias e softwares específicos. A equipe de pilotos, incluindo técnicos
passou por treinamento e o aperfeiçoamento do equipamento vem sendo feito,
mediante os experimentos.
Com
uma câmera de vídeo frontal e outra de registro fotográfico na parte de baixo,
é possível se captar imagens tridimensionais. Uma das grandes vantagens que a
coordenadora destaca é que o Vant poderá chegar a captar as imagens dessas
áreas sem que seja percebido. Segundo Cristina, o uso do equipamento como plataforma
de sensoriamento remoto possibilita a obtenção de dados de altíssima resolução
espacial e temporal, a um custo baixo de operação e manutenção.
Conforme
ela, facilita o monitoramento da atividade, a delimitação da área de extração e
a identificação de aspectos da produção, tais como número de trabalhadores,
equipamentos, volume, dentre outros.
Fonte: Diário
do Nordeste
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