quinta-feira, 28 de março de 2013

PREVISÃO DO TEMPO

Nessa quinta ainda atuam em grande parte do Sudeste muitas áreas de instabilidade. São esperadas pancadas de chuvas significativas no RJ, MG e ES. Em SP o tempo começa a melhorar devido o deslocamento da frente fria. Alerta para as áreas serranas no RJ. No Norte do Brasil o calor e a umidade provocam fortes pancadas de chuvas. No Sul do Brasil o tempo melhora e o sol predomina, apesar das baixas temperaturas. Na maior parte do Nordeste o tempo fica firme, faz calor o ocorrer apenas pancadas localizadas no litoral.   

MG terá uma quinta com tempo instável e pancadas de chuvas localizadas em praticamente todo o Estado. No Sul o tempo começa a melhorar e a partir de amanhã o sol volta a predominar em grande parte de MG. Na RMBH também segue tempo instável e pancadas de chuvas. Temperaturas estáveis: máx. de 27°C e mín. de 19°C na RMBH.  


Para o feriado e final de semana: a tendência é de deslocamento da frente fria para o sul da Bahia e para o oceano. Dessa forma o tempo melhora nos próximos dias em todo o Sudeste, com sol predominando a partir do sábado e apenas ocorrência de pancadas localizadas devido o calor e umidade, mas sem maiores transtornos. 


quarta-feira, 27 de março de 2013

Gigantes da logística descobrem Miritituba

Terminal da Cargill, no porto de Santarém: calmaria deverá acabar quando as obras da BR-163 chegarem ao fim




Há um clima de calmaria no cais do porto de Santarém. Um cruzeiro gigantesco, com suas piscinas e discotecas, embarca um grupo de viajantes. Ouve-se "Take Five", de Paul Desmond, maior sucesso do The Dave Brubeck Quartet. Não há filas, nem pressa. Uma feirinha de artesanato vende lembranças aos turistas. A poucos metros dali, no terminal da Cargill, um navio cargueiro recebe os grãos de algumas barcaças. Três caminhões também despejam suas cargas, tranquilamente. Uma hora dessas, esse sossego vai acabar.

Porto de Santarém (PA), intensamente usado para transportes de pessoas para cidades vizinhas
A conclusão das obras da BR-163, meta que desta vez é prometida pelo governo para o fim deste ano, terá um impacto direto na atividade dos principais portos da região Norte do país. Santarém, que está localizada estrategicamente no ponto final da rodovia, no encontro dos rios Tapajós e Amazonas, passará a ter papel crucial para embarcar a produção que subirá do norte do Mato Grosso, desafogando as estruturas saturadas do Sul e Sudeste. Os cálculos preliminares estimam uma movimentação de até 20 milhões de toneladas de grãos saídos de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Essa nova rota também vai mexer com portos como Santana, no Amapá, e os terminais de Vila do Conde, localizado no município de Barcarena (PA).

Mudanças mais radicais, no entanto, estão reservadas para o pacato vilarejo de Miritituba, pequeno distrito que pertence ao município de Itaituba, polo de comércio de ouro no interior do Pará. Por enquanto, o que existe na orla de Miritituba são redes de pescadores à espera dos tucunarés. Nas poucas ruas da vila, porém, a movimentação é intensa. Um novo porto começa a brotar na Amazônia.


O vilarejo, cravado na margem direita do Tapajós, fica a 300 km de distância ao sul de Santarém. Para o produtor, isso significa 300 km a menos de estrada para percorrer até chegar ao destino final da BR-163. É fato que grandes cargueiros não conseguirão subir até Miritituba, por causa da pouca profundidade do Tapajós nesse trecho do rio, mas as barcaças (chatas) conseguem carregar boa parte da produção, que passará então a descer até Santarém pela hidrovia do Tapajós. Cada comboio de barcaças pode transportar até 30 mil toneladas de grãos. Isso equivale a mais de 800 caminhões de grãos. Trata-se de mais uma rota fundamental que se abre para o escoamento.

Quase uma dúzia de empresas especializadas em transporte de cargas já tratou de comprar seus terrenos em Miritituba. Nessa lista estão companhias gigantescas, como as tradings americanas Bunge e Cargill, que tocam o processo de licenciamento ambiental de seus projetos e querem iniciar a construção de seus terminais ainda neste ano. Operadoras logísticas como Hidrovias do Brasil, Cianport, Unirios e Terfron também já demarcaram seus territórios na vila.

Além da distância mais curta em relação aos produtores de grãos do Mato Grosso, Miritituba guarda outras vantagens em relação ao porto de Santarém. Seus terminais serão alcançados diretamente por um acesso de 30 quilômetros da rodovia Transamazônica (BR-230), que corta a BR-163. Por causa da sua localização, não há necessidade de passar pelo centro de Itaituba, que está na outra margem do rio. Em Santarém, onde a resistência de movimentos ambientais a projetos portuários faz história, os caminhões carregados de grãos são obrigados a cortar o centro da cidade para chegar ao porto.

 Itaituba, polo de comércio de ouro no interior do Pará: distrito de Miritituba poderá se transformar em importante porto

Os cálculos preliminares dão conta de que cerca de R$ 600 milhões deverão ser investidos nos terminais de Miritituba. Mais R$ 1,4 bilhão são calculados para compra de comboios de barcaças. Somente a Cargill, que tem um terminal de cargas em Santarém em operação há dez anos, investirá cerca de R$ 200 milhões no local. O plano é triplicar o volume de soja exportado pela empresa em Santarém, saltando de 1,9 milhão de toneladas para mais de 4 milhões de toneladas por ano.

"Miritituba realmente passou a ser muito estratégica para o escoamento, porque vai dividir a carga que seguiria até Santarém", diz Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). "Os projetos portuários estão caminhando rapidamente. A rodovia fará integração com a hidrovia. Nossa expectativa é de que as obras da BR-163 acompanhem esse mesmo ritmo."

Além de ser uma rota bem mais barata que a estrada, a hidrovia polui radicalmente menos. Na maioria dos casos, também é mais rápida que o transporte feito pelas estradas. "Esse tipo de projeto ajuda a acabar com a situação injusta que hoje penaliza o produtor, o único elo da cadeia que, de fato, produz algo", diz o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Mascarenhas. "O produtor é quem gera a riqueza. A partir dele, todos os demais fazem apenas transferência de serviços. Não é possível que esse cidadão continue a ser o que mais sofre com a limitação logística do país."

O porto de Miritituba é um sonho antigo, alimentado há muito tempo por ruralistas como o senador e ex-governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR-MT). Há 14 anos, Maggi partiu rumo ao Tapajós com um grupo de produtores e mais de 70 caminhões de soja. Foram testar o potencial do vilarejo como ponto de saída para os grãos. A aptidão se confirmou.

À espera de investimentos, Miritituba segue o dia-a-dia comum a qualquer vila do país. De seu pequeno terminal, partem balsas levando pessoas, mercadorias e veículos até Itaituba. Na Transamazônica, uma pequena placa de madeira, mal instalada, avisa que ali há uma área nova de "porto". O Valor foi até o local. Os terrenos já foram cercados pelas tradings e empresas de logística. (Colaborou Ruy Baron).

Fonte: Valor Econômico

Manabi investirá R$ 6,25 bilhões em Minas Gerais

Serão explorados os complexos em Morro do Pilar.

A Manabi S/A investirá R$ 6,25 bilhões na exploração de minério de ferro em Minas Gerais nos próximos anos. A companhia assinará hoje protocolo de intenções com o governo estadual para a implantação dos complexos minerários em Morro do Pilar, no Médio Espinhaço, e Santa Maria de Itabira (região Central).

A companhia irá produzir 31 milhões de toneladas/ano de pellet feed (minério concentrado) em suas jazidas no Estado. O empreendimento compreende o aproveitamento do mineral com baixo teor de ferro existente na região através de beneficiamento.

Conforme uma fonte ligada ao projeto já havia informado ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, na mina de Morro do Pilar a produção será de 25 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, destinadas ao mercado externo, principalmente para o Oriente Médio e a Ásia. Já na jazida de Morro Escuro, em Santa Maria do Itabira (região Central), serão produzidas 6 milhões de toneladas/ano direcionadas para a demanda interna.

O protocolo que será assinado nesta tarde prevê a geração de 8.200 empregos diretos e indiretos nos dois municípios. Os aportes serão feitos através das controladas Morro do Pilar Minerais S.A e Morro Escuro Minerais S.A, conforme informações do governo do Estado.

Além dos complexos minerários em Minas, a companhia deverá investir na construção de um terminal portuário em Linhares, no litoral do Espírito Santo.

A Manabi ainda não anunciou oficialmente como será feito o escoamento da produção. Porém, a companhia já teria um memorando de entendimento com a Vale para usar o trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que vai de Ipatinga (Vale do Aço) até um ponto próximo de Colatina (ES).

Nesse caso, a opção seria construir um mineroduto de 100 quilômetros de Morro do Pilar até Ipatinga e um ramal ferroviário de 90 quilômetros de Colatina até o porto que será erguido em Linhares (ES). Outra opção é construir um duto de 500 quilômetros, ligando o ativo do Estado ao terminal portuário.


A empresa - A Manabi foi formada em 2011. Naquele ano, a companhia adquiriu por R$ 546,8 milhões os ativos da Morro do Pilar Minerais (R$ 491,4 milhões) e da Morro Escuro Mineração (R$ 55,4 milhões).

Ao todo, a mineradora possui 78 direitos minerários em Minas Gerais, inseridos em uma área de 75 mil hectares, parte da área dentro do Quadrilátero Ferrífero. A base acionária da Manabi inclui a Ontario Teachers Pension Plan (OTPP), Korea Investment Corporation e Southeastern Asset Management.

No ano passado, após desistir de lançar a oferta pública inicial de ações (IPO, sigla em inglês) a companhia anunciou o aumento de capital em US$ 300 milhões. Para especialistas de mercado a operação deu um novo fôlego para a empresa dar continuidade ao seu projeto em Minas Gerais.

A Manabi foi procurada pela reportagem para dar mais detalhes do projeto, mas a companhia não se pronunciou.


Outros projetos - A região do Médio Espinhaço deverá ganhar importância na produção de minério de ferro nos próximos anos. Em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, a Anglo American está implantando o projeto Minas-Rio. O empreendimento está orçado em US$ 8,8 bilhões.

Nas jazidas serão extraídas 26,5 milhões de toneladas/ano. O projeto compreende também um mineroduto, com previsão de ser concluído em 2014, que terá 525 quilômetros de extensão e será o maior do planeta, atravessando 32 municípios entre Minas Gerais e o litoral fluminense. Além disso, está incluído o terminal de minério do porto de Açu, em São João da Barra (RJ), no qual a Anglo é parceira da LLX, do Grupo EBX, com 49% de participação.

Além disso, rumores de mercado dão conta que a Vale S/A estaria prospectando áreas para a exploração do insumo mineral em Conceição do Mato Dentro. Além disso, a mineradora já estaria comprando terrenos no entorno de suas reservas.

Fonte: Diário do Comércio

PREVISÃO DO TEMPO

Nessa quarta ainda atuam em grande parte do Sudeste muitas áreas de instabilidade. São esperadas pancadas de chuvas em SP, RJ, MG e ES. Alerta para as áreas serranas no RJ. No Norte do Brasil o calor e a umidade provocam fortes pancadas de chuvas. No Sul do Brasil uma nova frente fria se aproxima e muda o tempo. Na maior parte do Nordeste o tempo fica firme, faz calor o ocorrer apenas pancadas localizadas no litoral.   

MG terá uma quarta com tempo instável e pancadas de chuvas localizadas em praticamente todo o Estado. No decorrer do dia a nebulosidade aumenta, proporcionando chuvas.  Na RMBH também segue tempo instável e pancadas de chuvas moderadas. Temperaturas estáveis: máx. de 27°C e mín. de 19°C na RMBH.  


Alerta para as áreas de risco nas regiões serranas do RJ e encostas da RMBH!



terça-feira, 26 de março de 2013

País caminha em direção a uma nova matriz energética, mas encontra dificuldades para decidir o que fazer com o lixo já existente. Atual depósito é considerado temporário, e acordo político pode facilitar solução.


Desde o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, a Alemanha trabalha na busca de alternativas mais seguras para o seu modelo energético e planeja o desligamento de todos os reatores até 2022. Oito já foram desligados, mas, enquanto os demais não encerram suas operações, um dos principais problemas relacionados à energia atômica volta a debate no país: onde depositar de forma permanente o lixo radioativo.

Até agora, o armazenamento vem sendo feito de forma provisória em áreas próximas aos reatores e em cavernas de antigas minas de sal em Gorleben, na Baixa Saxônia. O questionamento sobre os motivos da escolha da cidade como depósito levou a chanceler alemã, Angela Merkel, aos bancos de uma CPI no ano passado, acusada de ter feito uma opção política e não técnica para depositar o lixo atômico.
Na época da decisão, Merkel respondia pelo Ministério do Meio Ambiente, no governo do então chanceler Helmut Kohl. Em depoimento, ela alegou que a decisão seria ainda anterior ao seu mandato e que teria apenas dado sequência a um trabalho já iniciado.

Além do lixo das usinas nucleares alemãs, Gorleben recebeu ainda material radioativo vindo da França – consequência de um acordo entre operadoras atômicas dos dois países. O transporte foi suspenso após o fim do contrato, em 2011. Houve intensa movimentação popular, e protestos chegaram a atrasar o escoamento da carga radioativa, o que evitou a renovação dos acordos.

Perto de um desfecho

Desde então, diferentes forças políticas do país têm travado uma disputa sobre o local ideal para o depósito definitivo dos resíduos radioativos. Conversas entre partidos parecem ter aproximado a situação de um desfecho nesta semana: uma comissão vai verificar possíveis locais para o armazenamento do lixo atômico na Alemanha.

A decisão partiu de um acordo inédito selado entre o governador da Baixa Saxônia, Stephen Weil (SPD), e o ministro do Meio Ambiente, Peter Altmaier (CDU), e foi considerada um avanço importante na discussão da questão atômica no país.

O líder do partido Verde no país, Jürgen Trittin, aplaudiu o acordo. “Finalmente há uma disputa sem resultados definidos”, declarou. Mas o importante, segundo ele, é que os critérios para a escolha do depósito de lixo atômico não sejam definidos de forma anônima e a portas fechadas, mas sim de forma transparente.

“Isso é um sucesso”, disse Trittin. “Sem um método de seleção, Gorleben certamente seria escolhida. É um grande avanço que alternativas sejam analisadas.”

A decisão final deve ser tomada apenas em 2015, após a exclusão de diferentes locais avaliados. A organização ambiental internacional Greenpeace tem acompanhado as negociações e, a seis meses das eleições legislativas, se diz atenta à possível influência de interesses políticos.

IE / dpa/ lusa

Fonte: DW.De

Irga e Conab assinam acordo mapear as safras de arroz no Estado ________________________________________

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) assinam um acordo de cooperação técnica para aprimorar a qualidade dos dados das lavouras de arroz do Rio Grande do Sul. O ato será assinado pelo presidente do Irga, Claudio Pereira e pelo diretor de política agrícola e informação da Conab, Silvio Porto, no dia 26, às 9 horas, na sede do instituto.   

O acordo vai proporcionar a obtenção e a divulgação de informações confiáveis sobre a mensuração das safras de arroz e suas condições de produção com o uso de geotecnologias. De acordo com o coordenador do Programa de georreferenciamento do Irga, André Oliveira, a Conab irá repassar ao Irga as imagens do satélite de forma que os técnicos do Irga possam classificar, localizando nas imagens o tamanho real da área orizícola do Estado. “Este mapeando em conjunto irá evitar que a Conab e o Irga tenham informações desencontradas da lavoura arrozeira, garantido consistência e credibilidade nos resultados”, afirma Oliveira. 

Fonte: Radio Fandango

China e Brasil visam promover crescimento junto com a África

De 26 a 27 de março, a 5ª Cúpula do BRICS será realizada em Durban, na África do Sul. Neste contexto, diplomatas da China e do Brasil expressaram o desejo de que os dois países cresçam e se desenvolvam juntos com a África.

  A 5ª Cúpula dos líderes dos BRICS será realizada em Durban da África do Sul, o que oferecerá uma plataforma para o fortalecimento da cooperação entre os países do BRICS e a África. A China gostaria de aproveitar a oportunidade para reforçar o diálogo com o Brasil em assuntos relacionados com a África, abordando de forma ativa a cooperação trilateral com a África, disse Qu Yuhui, alto funcionário do Departamento da América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma entrevista exclusiva à Xinhua.

  Qu disse que a China e o Brasil possuem cooperações com a África que têm características diferentes e vários interesses comuns e experiências para trocar. Se a China e o Brasil iniciarem a cooperação trilateral com a África, trará benefícios não apenas para os dois países, mas também para o desenvolvimento da África, e melhorará a proteção dos interesses comuns dos países em desenvolvimento.

  Qu indicou que nos atuais marcos do mecanismo de negociações entre a China e o Brasil sobre assuntos relacionados com a África e do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países da Língua Portuguesa (Macau), a China e o Brasil podem conversar sobre como promover a cooperação trilateral com a África de forma tranquila e segura. "O programa sino-brasileiro do Satélite de Recursos Terrestres ofereceu imagens e dados aos países africanos, o que é um bom exemplo de cooperação trilateral e trouxe um bom efeito econômico-social. Podemos aproveitar o modelo como referência e conversar sobre mais projetos de cooperação", disse Qu.

  Quanto às áreas específicas de cooperação, o cônsul da Seção Econômica e de Energia da Embaixada do Brasil em Beijing fez sua sugestão. "Existem interesses de possíveis cooperações trilaterais, por exemplo no setor agrícola", disse Braz Baracuhy.

  Segundo Baracuhy, o Brasil é um país em desenvolvimento e tem experiência em várias áreas de inclusão social, experiência em controlar a inflação e em gerenciamento de contas públicas. "É essa experiência que nós compartilhamos com nossos parceiros internacionais, e queremos compartilhar esses resultados positivos", disse Baracuhy, acrescentando que na área econômica, o Brasil tem investido na África e tem imensas cooperações na área educacional e tecnologia.

  Porém, ambos os diplomatas assinalaram que agora a cooperação trilateral ainda está em fase inicial. De acordo com Baracuhy, atualmente faltam instrumentos para a efetiva cooperação entre os BRICS tanto com a África, como com a Ásia e a América do Sul. "O que existe é o diálogo. A criação do Banco dos BRICS pode ser o primeiro canal de cooperação", disse.

  Quanto à presença do Brasil e da China na África, Baracuhy disse que os dois países não são rivais na África, nem em lugar nenhum."Nossas economias são complementares. Talvez existam competições entre empresas, mas não entre os países", explicou.Fim

por Xinhua

Código Florestal começa a sair do papel

Aprovado no fim de 2012, o novo Código Florestal vai começar a ser implementado no Paraná a partir de abril. Três meses após a suspensão temporária do Sistema Estadual de Registro da Reserva Legal (Sisleg) - norma que definia a questão ambiental no estado desde 1999 -, começa agora o trabalho de preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), primeira etapa na migração para as novas regras e que oficializa a Reserva Legal e eventuais Áreas de Preservação Permanente (APPs) das propriedades.

O fator que permitiu o avanço no processo veio na semana passada, depois de o Ministério do Meio Ambiente ter enviado ao estado imagens de satélite atualizadas das propriedades rurais. As fotografias fazem parte do CAR e permitem a visualização das áreas com aproximação real de até cinco metros.
Também foi disponibilizado acesso ao sistema informatizado que vai unificar os cadastros em todo o país. "O benefício das imagens é a clareza, que vai dar informações concretas sobre qual é a situação do estado hoje", destaca o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Segundo o dirigente, apesar das novas regras, os produtores que estão regularizados no Sisleg não vão precisar recomeçar o processo do zero. Precisarão complementar o cadastro anterior somente. Hoje são cerca de 130 mil propriedades nessa condição, de um total de 512 mil. Para o cadastramento das demais áreas, o IAP articula o estabelecimento de parcerias com outras entidades ligadas ao agronegócio, como o Instituto Emater e a Secretaria da Agricultura do Paraná, visando agilizar o processo.

"Vamos começar o treinamento dos técnicos que vão ajudar no cadastramento. Agora o CAR começa a ser implantado e em abril devemos ter novidades", afirma Mossato Pinto. Ele sustenta que já existe um acordo verbal com as instituições e a oficialização deve ocorrer nos próximos dias.

Na prática - O CAR serve como diagnóstico de como está a situação do estado. A partir dele é possível definir as diretrizes do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Os estados têm até o fim de maio para divulgar o edital do programa, levando em conta as particularidades de cada região. "O cadastro é claro, faz uma fotografia da propriedade naquele momento. Depois desse processo o PRA define o que o produtor precisa fazer", explica Carla Beck, especialista na área ambiental do Departamento Técnico Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Fonte: Avicultura Industrial

PREVISÃO DO TEMPO

Nessa terça ainda atuam em grande parte do Sudeste muitas áreas de instabilidade. São esperadas pancadas de chuvas em SP, RJ, MG e ES. Alerta para as áreas serranas no RJ. No Norte do Brasil o calor e a umidade provocam fortes pancadas de chuvas. No Sul do Brasil uma nova frente fria se aproxima e muda o tempo. Na maior parte do Nordeste o tempo fica firme, faz calor o ocorrer apenas pancadas localizadas no litoral.   

MG terá uma terça com tempo instável e pancadas de chuvas localizadas em praticamente todo o Estado. Pela manhã o tempo fica firme, mas no decorrer do dia a nebulosidade aumenta, proporcionando chuvas.  Na RMBH também segue tempo instável e pancadas de chuvas fracas a moderadas. Temperaturas estáveis: máx. de 28°C e mín. de 19°C na RMBH.  




MRS Logística vai investir R$ 1,066 bilhão neste ano

Maior parte será direcionada para a malha da empresa. 



R$ 461 milhões serão aplicados na malha em 2012 

sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, deve investir R$ 1,066 bilhão neste ano, montante alinhado com o de 2012. A maior parte dos investimentos será direcionada para a malha da companhia e para a aquisição de material rodante e oficinas.

Em comunicado enviado ao mercado ontem via Bovespa, a companhia também informa que os acionistas aprovaram um orçamento com receita bruta de R$ 3,701 bilhões para 2013. Além disso, a MRS divulgou que, em 2012, registrou lucro líqüido de R$ 440,1 milhões, queda de 15,5% em comparação com o resultado de 2011 (R$ 520,9 milhões).

Sobre o plano de investimentos para este ano, do total de R$ 1,066 bilhão, 43,2% - ou R$ 461 milhões - serão aplicados na malha da companhia, 30,9% - R$ 329 milhões - na compra de material rodante e oficinas, 16,3% - R$ 174 milhões - em sistemas de eletroeletrônica e o restante, 9,6% - R$ 102 milhões - em programas de saúde, meio ambiente, segurança e outras áreas.

De acordo com o comunicado enviado ao mercado, o custeio dos investimentos previstos para 2013 será atendido com recursos do caixa próprio, sendo parte (R$ 209 milhões) proveniente da metade do lucro de 2012, e o restante com financiamentos. A companhia informa, ainda, que eventuais mudanças no montante dos investimentos previstos para o exercício podem acontecer em função de novas demandas que possam surgir.

Em relação ao orçamento de custeio das operações para este exercício, os acionistas estimam e aprovaram um total de R$ 2,343 bilhões, sendo R$ 1,141 bilhões variáveis de longo prazo, R$ 487 milhões de curo prazo, R$ 294 milhões com custos fixos e R$ 421 milhões em depreciação.


Resultado - Apesar do lucro ter caído, a receita líquida da companhia em 2012 foi a maior desde 2007, somando R$ 2,989 bilhões. Na comparação com a do exercício anterior (R$ 2,862 bilhões), houve um aumento de 4,5%. Na mesma comparação, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,117 bilhão contra R$ 1,185 bilhão, redução de 5,8%.

Recentemente foi divulgado que a MRS assumirá o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além do projeto executivo do FerroAnel. Trata-se de um anel ferroviário destinado ao transporte de cargas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e que permitirá, no médio prazo, a liberação de trens para o transporte de passageiros na região.

Fonte: Diário do Comércio


segunda-feira, 25 de março de 2013

Polêmicos e revolucionários, mais de 200 'drones' voam no país sem regra

Levantamento inédito feito pelo G1 mostra emprego civil e militar no Brasil.
Uso dos "aviões-robôs" em ataques militares dos EUA é polêmica mundial.
















Mais de 200 drones – veículos aéreos não tripulados (vant, na sigla em português) – estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para o uso civil e comercial destas aeronaves. O número foi obtido a partir de levantamento realizado pelo G1 com fabricantes, importadores, empresas e órgãos de governos estaduais.

Os drones – zangão ou zumbido, em inglês – desempenham funções que antes dependiam de aviões e helicópteros tripulados, buscando maior eficiência e alcance, redução de custo e mais segurança (veja nos vídeos ao lado drones em ação no Brasil e voos dos dois tipos mais comuns).

A nova tecnologia virou polêmica nos Estados Unidos e em todo o mundo depois que o país desenvolveu avançados modelos armados e passou a usar regularmente os "aviões-robôs" para destruir alvos no Oriente Médio.

Milhares de pessoas já foram mortas em ataques de drones, muitas delas inocentes, todas sem julgamento ou chance de defesa. A revista "Time", na edição da última semana de março de 2013, publicou a reportagem intitulada "Então, quem nós podemos matar?" (So, Who Can We Kill?), com um debate sobre a moralidade do uso bélico dos drones. O tema é recorrente nas principais revistas e jornais americanos. Entre membros da Organização das Nações Unidas (ONU), a preocupação é de que mais países passem a utilizar os drones como arma, numa escalada das mortes à distância.

Apesar de popularizado pela controversa utilização militar, é o uso civil dos drones que pode transformar inúmeros serviços. Com formatos e tamanhos variados, o número de máquinas voadoras controladas remotamente deve crescer em ritmo acelerado nos próximos anos no país e no mundo, devido à facilidade de voo, ao baixo custo e às inovações tecnológicas preparadas para cada modelo, como uso de câmeras, filmadores, sensores de raio-x, dentre outros.



Entusiastas falam em "revolução dos drones" e projetam milhares de aparelhos nos céus, em breve, seja a serviço do governo e de empresas ou para realizar tarefas cotidianas como entregar produtos, regar o gramado, acompanhar crianças até a escola ou guiar turistas pela cidade.

Hoje, distantes das indústrias, estudantes e apaixonados por tecnologia desenvolvem drones artesanais, aproveitando processadores, baterias e componentes retirados de smartphones e outros equipamentos eletrônicos.

Em alguns países, vants são usados para inspeção de linhas de transmissão, de rodovias ou grandes obras por transmitirem imagens em tempo real. Neste caso, são utilizados modelos pequenos, de até 2 kg, que sobrevoam centenas de quilômetros diariamente, bem próximos aos cabos da rede, identificando fios rompidos, ocupações irregulares e outros problemas.

As informações enviadas para a central são precisas, e o serviço de manutenção é acelerado. No Brasil, algumas empresas já estão começando a testá-lo no lugar de  helicópteros.

Outro trabalho realizado por drones é o levantamento aéreo de terrenos, para cartografia, geografia e topografia, bem como serviços de filmagem para engenharia, mineração e indústria cinematográfica. Governos fazem uso da novidade principalmente nas áreas de segurança e de prevenção de desastres.
Só a AGX Tecnologia, uma das 15 indústrias que produzem esse tipo de aeronave no Brasil, diz ter vendido mais de 100 vants desde 2005, de acordo com o diretor Adriano Kancelkis. Entre os clientes estão órgãos públicos, consultorias ligadas ao ramo ambiental e fazendeiros que usam os drones para monitorar lavouras.

Outra empresa, a BRVant, já vendeu ao menos 35 para militares, agricultores e órgãos públicos, e também exportou outros para a América Latina. Segundo o proprietário, o engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Rodrigo Kuntz, a falta de entendimento entre Aeronáutica e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre as regras necessárias para que esses aviões possam operar e serem certificados impede que as vendas sejam maiores.

'Assassinato sem julgamento'

Os Estados Unidos perceberam o potencial militar e passaram a usar drones para atacar alvos suspeitos de terrorismo no Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Somália, além de monitorar outros países. A eficácia das missões é contestada por organizações de direitos humanos, que apontam um grande número de inocentes entre as vítimas e contestam a legalidade do recurso. Críticos falam em "assassinatos sem julgamento", "guerra suja" e "violação das leis internacionais".


Predator é um drone de guerra desenvolvido para a
Força Aérea dos Estados Unidos(Foto: Reuters)
O aumento exponencial do uso da tecnologia dos drones em diversas situações representa um verdadeiro desafio para o direito internacional atual"
Ben Emmerson, relator de investigação das Nações Unidas (ONU) sobre uso de drones.

A Fundação Nova América, baseada em Washington, contabiliza 350 ataques desde 2004, a maioria durante o governo de Barack Obama, com número de mortos entre 1.963 e 3.293, incluindo entre 261 e 305 civis. 

Segundo o Escritório de Jornalismo Investigativo, em Londres, o número de vítimas fatais em ataques americanos com drones é maior, entre 2.627 e 3.457, sendo entre 475 e 900 civis. No dia 20 de fevereiro, o senador republicano Lindsey Graham, defensor do uso de drones em ataques militares, disse que o número de mortos soma cerca de 4.700 pessoas, incluindo inocentes.

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em janeiro uma investigação sobre as vítimas civis de disparos de drones e pretende identificar possíveis casos de "execuções extrajudiciais". Segundo o relator especial Ben Emmerson, "o aumento exponencial do uso da tecnologia dos drones em diversas situações representa um verdadeiro desafio para o direito internacional atual".
Na sociedade americana, houvemanifestações por maior transparência nas regras usadas para os ataques. Segundo a ONU, 51 países já possuem essa tecnologia e há preocupação de que outros países resolvam usar o drone como arma além das fronteiras, como fazem os EUA, sem um inimigo claro. Em meio à pressão, Obama reconheceu que os americanos "merecem saber mais sobre os ataques" e prometeu trabalhar junto ao Congresso.

Os Estados Unidos possuem mais de 7.800 drones ao redor do mundo. Um terço do total de aeronaves da força aérea do país não é tripulado, e quase metade dos pilotos em formação vai comandar esse tipo de equipamento futuramente.


Avião-robô é realidade no Brasil

O uso militar e principalmente as aplicações civis dos veículos aéreos não tripulados fizeram o Brasil investir na nova tecnologia, transformando-se em um centro emergente de pesquisa, fabricação e utilização de drones.

O Brasil conta com 15 das 44 indústrias de drones na América Latina e reúne ao menos outras 5 empresas desenvolvendo sistemas, segundo a Associação Internacional de Veículos Não Tripulados (AUVSI) e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

Apesar de pouco conhecidos e discutidos, os drones são realidade em vários setores do país, sendo usados nas áreas de energia, mineração, agricultura, rodovias e construção civil, além de ajudar no trabalho de órgãos policiais, ambientais e de defesa civil. Centros de pesquisa e desenvolvimento de projetos, montados em universidades com financiamentos do governo e da iniciativa privada, trabalham na construção de vants dos mais variados tamanhos, formas e serventias. Outros modelos são importados de países que já usam drones há mais tempo.

PF usa para fazer prisão no Paraná

No final de 2012, a Polícia Federal utilizou um vant israelense para seguir uma embarcação suspeita na tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina, em uma operação sigilosa contra o tráfico de drogas e o contrabando de armas.

A aeronave transmitiu em tempo real imagens de boa qualidade, feitas à noite, a investigadores do Núcleo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal (Nepom), que puderam realizar a prisão em flagrante dos criminosos. Outra ação usando o equipamento também teve êxito, e suspeitos de tráfico em região próxima à Usina de Itaipu foram presos.

A PF não deu maiores detalhes das operações, mas disse que o drone israelense tem custo operacional até 10 vezes inferior ao de um helicóptero tripulado. As duas unidades do modelo Heron, fabricados pela Israel Aerospace Industries Ltd (IAI), chegaram ao Brasil em 2010 ao custo de aproximadamente R$ 80 milhões cada. Os vants ficam alojados na Base Aérea de São Miguel do Iguaçu (PR) e são os únicos de uso civil certificados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no país.

Bope receberá em 2013

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e a Defesa Civil do Rio de Janeiro vão contar ainda em 2013 com cinco unidades de um drone produzido pelo governo em parceria com o Instituto Militar de Engenharia (IME), do Exército. A aeronave foi utilizada durante as chuvas na Região Serrana e no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, no início do ano.

A aeronave não tripulada irá revolucionar o trabalho de prevenção a desastres"

Coronel Douglas Paulich Júnior, da Defesa Civil do Rio de Janeiro

É uma ferramenta maravilhosa, tanto para o patrulhamento de rodovias, acompanhamento de queimadas, quanto para inteligência, para monitorar ações de traficantes"

Capitão Arlindo Bastos de Miranda Neto, da Polícia Militar da Bahia

Com o vant, ganha-se muito em relação a corte de despesas e segurança, quando se compara com o uso de um helicóptero. O vant pode obter imagens de alta qualidade com um custo operacional por hora de R$ 10"

Adriano Kancelkis, diretor da fabricante AGX

"As imagens captadas por ela nos deram um conjunto rico de informações sobre onde era prioritário atuar, onde havia entulhos a serem retirados e para mapear o terreno e entender o que havia ocorrido", afirma o coronel Douglas Paulich Júnior. "A aeronave não tripulada irá revolucionar o trabalho de prevenção a desastres".

A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que o projeto de operação dos vants ainda está em estudo e que ainda não há conclusão sobre como os aparelhos serão empregados.

O modelo tem dois metros de envergadura e é elétrico, com alcance de 10 quilômetros e uma hora de autonomia de voo. Cada equipamento custa R$ 180 mil e transmite imagens em tempo real para uma espécie de óculos usado pelo operador em terra.

"Pretendemos fazer um vant brasileiríssimo, 100% nacional, inclusive com os sistemas e os sensores. Além da produção, vamos treinar os pilotos da polícia e dos bombeiros. O Bope separou até um grupo para um curso de três meses. Nosso objetivo é que saibam operar com segurança", diz o major Jacy Montenegro Magalhães Neto, gerente do projeto no IME.

PM usa na área ambiental em SP

A Polícia Militar de São Paulo comprou dois modelos da empresa AGX em 2012 e aguarda certificação dos equipamentos junto à Anac para usar na área ambiental.

Como teste, os drones foram usados para monitorar uma embarcação em área de exploração proibida e registrar em imagens os trabalhos ilegais realizados nas margens de um rio. A PM também estuda o uso para policiamento e no apoio a bombeiros em operações de salvamento no mar.

O comando da PM da Bahia está criando, dentro do seu grupamento aéreo, uma subunidade encarregada de planejar como os vants poderão ajudar no combate ao crime na divisa com Pernambuco, em uma região conhecida como Polígono da Maconha. "Já empregamos em testes e vamos adquirir alguns aviões ainda em 2013. É uma ferramenta maravilhosa, tanto para o patrulhamento de rodovias, acompanhamento de queimadas, quanto para inteligência, para monitorar ações de traficantes", diz o capitão Arlindo Bastos de Miranda Neto.

Drone para inspeção de energia

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) já investiu R$ 4 milhões para construir um drone, em parceria com a Fundação para Inovações Tecnológicas (Fitec), visando à redução de custos na inspeção de redes de transmissão de energia, hoje feita com helicópteros. Com possibilidade de viajar até 100 quilômetros, voando a 150 metros do solo para obter imagens detalhadas nas missões de inspeção, o protótipo ainda passa por testes e aguarda licença da Anac para operar.

"Já é possível, com ele, identificar casos de invasão de faixa de servidão (área abaixo e próxima da linha de transmissão que não pode ter ocupação), de realizações de obras, com movimentação de terras, próximos às estruturas, de ocorrências de erosões no pé da torre e de vegetações abaixo da linha, coisas que podem colocar em risco o sistema elétrico", afirma Jaelton Avelar Fernandino, gerente de Gestão Tecnológica da Cemig.



O emprego do vant no Brasil é muito promissor, principalmente para fotos aéreas, planejamento urbano, controle de tráfego de rodovias, identificação de pontos críticos em estradas ou em grandes obras, controle de plantações ou na pecuária"

Luiz Munaretto, diretor da Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCABR)

A Petrobras firmou uma parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) para criar um drone apto a fiscalizar mais de 14 mil quilômetros de faixas de oleodutos, trabalho hoje realizado a pé pelos técnicos da empresa. O objetivo é desenvolver um aparelho capaz de verificar possíveis invasões e irregularidades, avaliar danos que possam colocar em risco a distribuição de óleo e agilizar os trabalhos de manutenção. Testes preliminares foram feitos em uma área do Exército no Rio de Janeiro, mas a decisão sobre adotar ou não os drones ainda não foi tomada.

"Ainda não temos a dimensão de quanto um vant pode reduzir custos e nos garantir rapidez na identificação de problemas. Isso só será possível quando levarmos para o uso real em um processo sistemático. Espero que até 2014 consiga ter uma avaliação, para que a empresa decida ou não como empregar a aeronave", diz Heitor Araujo, do departamento de tecnologia da Petrobras.

A Energia Sustentável do Brasil, consórcio que administra a construção da Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, usou drones para monitorar a retirada da vegetação do reservatório da usina. As imagens localizaram áreas de desmatamento ilegal na floresta amazônica e foram entregues ao Ibama para avaliação.

Na agricultura, drones são usados por empresas que atuam com levantamentos topográficos, mapeamento aéreo, consultoria ambiental, controle de pragas, correção de problemas, entre outros serviços. Diversas empresas investem no desenvolvimento de sistemas sofisticados de sensores e de gravação e transmissão de dados.

A AGX, empresa que desde 2002 foca no uso agrícola dos drones, já vendeu modelos para vigilância de usinas de cana de açúcar e para agricultura de precisão. Os vants tem preços que variam entre R$ 60 mil e R$ 800 mil, dependendo das configurações e do tipo de sistema instalado, e podem voar até quatro horas seguidas. Entre os clientes, além de empresas e de cooperativas, estão fazendeiros que fazem uso particular dos dispositivos.

Um novo modelo, construído em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o Centro Tecnológico do Exército (CTex) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) foi lançado há poucos dias com uma novidade: um airbag capaz de proteger a aeronave em pouso vertical.

"Com o vant, ganha-se muito em relação a corte de despesas e segurança, quando se compara com o uso de um helicóptero. O vant pode obter imagens de alta qualidade com um custo operacional por hora de R$ 10. Enquanto que a hora de um voo de helicóptero fica em R$ 1.500 ou mais", afirma Adriano Kancelkis, diretor da AGX.

"O emprego do vant no Brasil é muito promissor, principalmente para fotos aéreas, planejamento urbano, controle de tráfego de rodovias, identificação de pontos críticos em estradas ou em grandes obras, controle de plantações ou na pecuária", diz Luiz Munaretto, diretor da Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCABR), que trabalha em parceria com a Anac para regulamentar o uso de drones no país.



 FAB usará vant israelense em ações de segurança
na Copa (Foto: Ministério da Defesa/divulgação)
O drone é a evolução do poder de combate, ele sintetiza tudo [...] É uma arma completa"
General Alvaro Pinheiro, especialista em terrorismo
Copa do Mundo e Olimpíada Em 18 de fevereiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu dois aviões não tripulados feitos pela empresa israelense Elbit, que custaram R$ 48,174 milhões e serão montados em Santa Maria (RS), de onde devem operar a partir de março. Sem serem equipados com armas, os modelos vão reforçar a segurança nas sedes da Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016. Em junho deste ano, o sistema será testado durante a Copa das Confederações.

Até 2014 deve ficar pronto o Falcão, drone de mais de 800 kg que está sendo produzido pela brasileira Avibras com investimento do Ministério da Defesa e que será vendido pela Harpia (parceria da Embraer, Avibras e a israelense Elbit).

O modelo está entre os favoritos para ser adquirido pelos militares brasileiros. Um dos projetos, inclusive, é equipar o vant com mísseis e bombas para fins de combate.

"O drone é a evolução do poder de combate, ele sintetiza tudo. Ele tem sensores capazes de localizar qualquer coisa, consegue transmitir a informação em tempo real para qualquer lugar – o que só o drone é capaz – e pode neutralizar e eliminar a ameaça naquele exato momento. É uma arma completa", diz o general Alvaro Pinheiro, especialista em terrorismo e defensor da capacidade brasileira em operar drones com armas.

"O projeto existe, mas vai ficar para o futuro. Por enquanto, o foco prioritário é vigilância e monitoramento. O assunto é ainda bastante delicado. Precisamos primeiro avançar na atuação de vants de reconhecimento", afirma Renato Tovar, diretor da Avibras.

Entre as ações militares que as Forças Armadas planejam fazer empregando drones também estão o monitoramento de fronteiras, a segurança de instalações estratégicas como usinas e plataformas, a proteção da Amazônia, e a defesa da costa brasileira.

Fim da privacidade e riscos à aviação

A capacidade de circular sem serem percebidas, guiadas remotamente a partir de informação recebida por sensores e câmeras, faz com que os drones sejam motivo de desconfiança. Em vários países há debate sobre ética e moral no emprego de drones, principalmente no que se refere a questões de privacidade.

Há temor de que a falta de transparência no uso dos veículos encubra possíveis abusos no monitoramento de áreas e pessoas, com interceptação de conversas telefônicas, fotografias e filmagens feitas de maneira irregular. Países e indústrias já estão sujeitos à espionagem, por exemplo.

Produzido pela Avibras, o drone Falção é uma das
opções para o Exército (Foto: Avibras/Divulgação)









Devido aos novos desafios e características associadas ao voo remoto, são necessárias adequações na regulamentação deste tipo de aeronave para garantir níveis de segurança"



Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

Companhia de energia de Minas Gerais usa vant 
para inspecionar linhas (Foto: Cemig/Divulgação)

O maior desafio, no mundo todo, é tentar integrar a aeronave remotamente pilotada às aeronaves pilotadas"

capitão José Augusto de Almeida, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)

A verdade é que a tecnologia dos drones avança mais rapidamente do que o mundo é capaz de refletir sobre o seu uso e seus benefícios, abrindo espaço para projeções paranóicas de um futuro em que não será possível escapar do raio de ação dos drones. Com os céus repletos de pequenas aeronaves equipadas com alta tecnologia, como saber quem está operando o aparelho, quais informações estão sendo recolhidas e que usos serão feitos desses dados?

As autoridades temem ainda o risco de colisão com aviões e obstáculos aéreos, bem como a possibilidade de que o equipamento caia sobre áreas habitadas, colocando em risco a vida de pessoas em solo. Controlados de uma cabine, os drones circulam sem garantia de que os operadores tenham total conhecimento da situação no ar.

"Vant é como um avião. Não se pode impor as mesmas regras para um ultraleve e para um Airbus voarem. São tipos e tamanhos diferentes, com funções diferentes. Há vants pequenos e grandes, usados para coisas diferentes", explica o engenheiro Flávio Araripe, referência no tema no Brasil desde 1980, quando começou a estudar drones dentro da Aeronáutica.

O caminho seguro para que vants consolidem-se como ferramentas benéficas à sociedade é a regulamentação e a fiscalização das aeronaves e de seus operadores. O responsável pelo controle da aviação civil nos Estados Unidos deve divulgar ainda em 2013 normas referentes aos voos domésticos de drones. Vários países aguardam o documento para servir de base na criação de suas próprias leis.
Atualmente, a operação civil ainda é bem controlada nos Estados Unidos, restrita a liberação de licenças individuais e proibida em regiões habitadas.

No Brasil, a Anac reconhece a importância do uso civil dos drones, tanto para indústria como para a sociedade, mas afirma que, "devido aos novos desafios e características associadas ao voo remoto, são necessárias adequações na regulamentação deste tipo de aeronave para garantir níveis de segurança".
Na prática, apesar da pressão de empresas do setor, apenas os dois vants da Polícia Federal estão aptos a voar após terem recebido um Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave), expedido para casos especiais, garantia de que a agência fez a avaliação do projeto técnico e de aeronavegabilidade, atestando as condições de segurança da aeronave.

A agência esclarece que, mesmo nos países em que existe a regulamentação sobre o tema, ainda há limitações na legislação devido à inexistência de especificações de aparelhos e de seus operadores, "que vão desde os critérios técnicos que um projeto deve atender até o treinamento necessário para as pessoas envolvidas", garantindo "que os vants possam ser integrados com segurança no espaço aéreo".
Tanto as normas da Anac quanto as regras do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica, proíbem totalmente o voo de drones sobre cidades brasileiras. As demais operações precisam ser comunicadas à Aeronáutica com antecedência de 15 a 30 dias, para evitar que os veículos dividam o espaço aéreo com aviões comerciais.

"Nenhum país atualmente permite voo livre de vant. Sempre é um processo de autorização especial, concedido caso a caso. O maior desafio, no mundo todo, é tentar integrar a aeronave remotamente pilotada às aeronaves pilotadas", afirma o capitão José Augusto de Almeida, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), um dos especialistas do tema no país.

Em outubro de 2012, a Anac publicou no Diário Oficial a Instrução Suplementar (IS) 21-002, que prevê requisitos básicos para certificar os veículos. Drones totalmente autônomos são proibidos. Interessados em obter a licença devem enviar para a agência informações sobre o modelo e o propósito da operação.
O Brasil lidera na América do Sul, e também desponta no mundo, com iniciativas que envolvem o acesso de aeronaves remotamente controladas ao espaço aéreo"

John Scull Walker, que integra um grupo que propõe regras para o uso de drones nos EUA
O governo brasileiro está sendo o mais ativo na América Latina na abertura de seus céus para as vantagens e benefícios de aeronaves remotamente controladas"

Gretchen West, vice-presidente da Associação Internacional de Veículos Não Tripulados (AUVSI)
"O Brasil lidera na América do Sul, e também desponta no mundo, com iniciativas que envolvem o acesso de aeronaves remotamente controladas ao espaço aéreo. É um tema que envolve várias preocupações com a segurança", diz John Scull Walker, que integra um grupo que propõe regras para o uso de drones dentro dos Estados Unidos e outro que discute e regula internacionalmente o tema.
"O governo brasileiro está sendo o mais ativo na América Latina na abertura de seus céus para as vantagens e benefícios de aeronaves remotamente controladas e também no crescimento da indústria. No mundo todo, a regulação é restritiva em relação a áreas urbanas e a aplicação, apesar de crescente, é ainda muito limitada", diz Gretchen West, vice-presidente da Associação Internacional de Veículos Não Tripulados (AUVSI).

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não informa o número de vants no país porque o cadastro de aviões experimentais, usado para as aeronaves remotamente pilotadas, também engloba outros tipos de modelos, não sendo possível separar só os drones. Em 2012, a Anac tinha registrado 4.750 aeronaves experimentais. Apenas as duas unidades usadas pela PF, no entanto, estão autorizadas a voar.
Com o "boom" dos drones, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos expediu, desde 2007, mais de 1.400 licenças de operação para veículos de uso doméstico, sendo que 327 seguem listados como "ativos". Boa parte dos pedidos foi feito por unidades policiais, universidades, agências federais e departamentos de transporte. Só a agência responsável pela proteção das fronteiras conta com dez aeronaves para monitoramento dos limites com o México e o Canadá.

Estados Unidos, Israel, Irã, Rússia, China, Inglaterra, Itália e Paquistão lideram a produção e a utilização militar de drones, segundo a Federação Global UVS International, enquanto que Austrália, Canadá, França, Inglaterra e Espanha figuram entre os países mais avançados no uso civil e comercial das aeronaves.

Fonte: Globo.com

Governo vai testar novo modelo de ferrovias

O governo colocou à venda a possibilidade de transportar carga pela Ferrovia Oeste-Leste, que tem só 20% construídos. A linha ficará pronta em dezembro de 2014, segundo a estatal Valec, responsável pela obra. O trecho oferecido tem 536 km e liga Caetité ao porto de Ilhéus (BA).

Já há uma empresa interessada, segundo informou ao Grupo Estado o presidente da Valec, Josias Sampaio Cavalcante Junior. Trata-se da Bahia Mineração (Bamin), empresa controlada pela Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), com sede na Inglaterra. "Mas é preciso abrir a oportunidade ao público, a outros potenciais interessados".

Este será o primeiro teste da Valec no novo papel de revendedora de capacidade de carga, conforme o modelo de ferrovias anunciado em agosto de 2012. A ideia é entregar a construção e operação de 10.000 quilômetros de ferrovias à iniciativa privada. O concessionário venderá toda sua capacidade de carga à Valec, que a oferecerá a empresas que tenham carga própria ou de terceiros para transportar. A oferta anunciada na quinta-feira é a primeira operação desse tipo.

A ferrovia é um caso um pouco diferente das demais ferrovias do pacote de logística, porque está em construção pela própria Valec. Cavalcante explicou que, quando for concluída, a linha será oferecida à iniciativa privada. Não é o mais usual. Na maior parte dos casos, o empreendedor privado ficará encarregado da construção.

De acordo com nota técnica da Valec, as regras tarifárias e operacionais ainda serão detalhadas. Também não estão determinados os procedimentos para os interessados fazerem reserva de horário para transportar a carga. Segundo o presidente da Valec, a capacidade de carga foi oferecida agora, com tanta antecedência, para conferir que tipo de empresa utilizará a ferrovia. Se for o caso, poderão ser feitas adaptações. A expectativa é que nesse trecho o principal cliente seja mesmo a Bamin.

Quando a ferrovia for estendida até Barreiras (BA), como é o plano, aí ela será também um corredor de exportação para a soja produzida na região. As obras desse trecho foram suspensas para modificação do traçado, que originalmente destruía duas cavernas. Por causa das mudanças, passa agora por uma nova avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As obras serão retomadas este ano, espera Cavalcante.

Para que a ferrovia possa operar para exportação, porém, é necessário que fique pronto o novo porto de Ilhéus. Há planos para instalação de um terminal privativo da Bamin e um porto público na região.

O presidente da ENRC no Brasil, José Francisco Viveiros, elogiou a decisão. "Fiquei muito feliz, porque é uma indicação de que a Valec está comprometida com a conclusão da ferrovia". Segundo ele, a ferrovia é importante para tornar viável o projeto da Bamin, que pretende extrair e exportar 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A intenção é investir US$ 3 bilhões na mina, na compra de trens e num terminal portuário privativo em Ilhéus.

Por enquanto, porém, está tudo em estágio inicial. A licença para exploração das minas já foi solicitada, mas não saiu porque o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) suspendeu as outorgas em novembro passado, por causa das discussões em torno do novo código de mineração. A ferrovia está em construção e o porto, em fase de licenciamento. No momento, a Bamin explora minério de ferro em caráter quase experimental, disse Viveiros. Ela extrai um volume pequeno, embarcado na ferrovia Centro-Atlântica, para o porto do Espírito Santo, uma viagem de 1.400 km.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sensoriamento remoto: Dilma defende ações ‘mais drásticas’ em áreas de risco por chuvas

A declaração foi feita durante uma visita a Roma, depois que subiu para 16 o número de mortos pelas chuvas que atingem a cidade de Petrópolis, na região serrada do Rio, segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil.

Logo após visitar o presidente da Organização das Nações Unidas para Alimentação e para Agricultura (FAO), José Graziano Neto, Dilma disse que lamentava as mortes em Petrópolis.

Ela disse que conversou com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e que governo federal “está trazendo todos os recursos necessários” para assistência às vítimas.

“O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair (de suas casas)”, disse Dilma, lembrando que dois dos mortos eram funcionários da Defesa Civil que tentavam retirar moradores de áreas de risco.

“Eu acho que vão ter que ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem na região onde não podem ficar”, defendeu a presidente.

Dilma disse que “todo o sistema de prevenção de desastre que nós temos está sendo mobilizado para atender àquela região”.

Reforços

A presidente também ofereceu ajuda da Força Nacional de Defesa Civil, que já estava a caminho de Petrópolis, de acordo com a Agência Brasil.

O governo estadual também enviou reforços ao local. “Reforçamos o número de bombeiros militares com a ida do Grupamento de Salvamento. Colocamos todo o maquinário do Inea (Instituto Nacional do Ambiente), que já se encontra em Petrópolis, para as eventuais necessidades nas áreas atingidas. Todo o governo foi acionado”, disse Cabral.

O governador anunciou ainda a liberação imediata de R$ 3 milhões para Petrópolis, onde já há mais de 500 pessoas desabrigadas.

Cabral também fez um alerta à população local: “Estamos em alerta máximo devido aos risco iminente. Por isso, faço um apelo para que as pessoas saiam das casas, não fiquem em residências em áreas de risco.” Ele deve visitar a cidade ainda nesta segunda-feira.

Vítimas

Além de Petrópolis, Angra dos Reis, Duque de Caxias, Mangaratiba e Teresópolis também foram castigadas pelas chuvas.

O secretário de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, disse em entrevista ao canal de TV a cabo Globonews que os dois técnicos da Defesa Civil de Petrópolis que morreram “cumpriam seu papel de alertar os moradores para que saíssem de suas casas e foram surpreendidos por um escorregamento e soterrados”.

Segundo a Defesa Civil, Petrópolis tinha 21 pontos de alagamento ou escorregamento na manhã desta segunda-feira. As localidades mais afetadas foram os bairros de Quitandinha, Independência e Doutor Thouzet.

As chuvas devem continuar na região serrana do Rio de Janeiro pelo menos até terça-feira. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região serrana e o norte do Estado do Rio devem sofrer com chuva de moderada a forte, com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e acumulado de chuva significativo, até o meio-dia de amanhã.

“A continuidade das chuvas agrava o risco de escorregamento. Nós temos na região serrana muitas áreas vulneráveis a escorregamentos”, disse Simões, que pediu que a população obedeça os sinais dos alarmes sonoros instalados na cidade e saia de suas casas em direção a locais seguros ou abrigos da prefeitura.

Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram em decorrência de uma série de inundações e deslizamentos causada por chuvas na região serrana do Rio.

Fonte: BBC Brasil