O Plano Estratégico de Fronteiras é uma das grandes contribuições que o governo federal dá para a segurança pública no nosso país."
Desde que foi lançado, há 1 ano e 6 meses, as ações do Plano Estratégico de Fronteiras já desarticularam 65 organizações criminosas. Além disso, 360 toneladas de drogas, 2,2 mil armas e 280 mil munições foram apreendidas nas Operações Ágata e Sentinela. Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o combate ao crime exige uma ação firme e uma presença forte do governo brasileiro nas regiões de fronteira.
Transcrição
Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!
Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café!
Apresentador: Presidenta, hoje, eu queria voltar a um assunto muito importante, que é o Plano Estratégico de Fronteiras.
Presidenta: Olha, Luciano, o Plano Estratégico de Fronteiras, que tem alcançado resultados muito bons na prevenção e na repressão ao crime organizado, é uma das grandes contribuições que o governo federal dá para a segurança pública no nosso país. Mesmo sendo a área de segurança pública uma responsabilidade constitucional dos estados, o governo federal tem o dever de participar, na sua área de atuação, para a melhoria da segurança pública por meio de programas. Por exemplo: o programa de construção de presídios de segurança máxima, as ações de inteligência levadas a efeito pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas, que permitem desmontar as quadrilhas que atuam no Brasil, e a proteção de nossas fronteiras.
Como você sabe, Luciano, o Brasil tem uma fronteira gigantesca, de mais de 16 mil quilômetros, com dez países da América do Sul, na qual estão regiões de difícil acesso, como é o caso da maior parte da Região Amazônica de nosso país. E os criminosos escolhem as regiões mais vulneráveis da nossa fronteira para o tráfico de armas e de drogas e, também, para o contrabando. Por isso, o combate ao crime tem exigido uma ação firme e uma presença forte do governo federal nas regiões de fronteira. Não sei se você sabe, Luciano, mas, desde que nós começamos a executar esse plano, há um ano e meio atrás, já foram apreendidas, por exemplo, 360 toneladas de drogas. Se essas drogas não tivessem sido apreendidas, teriam sido levadas para as grandes cidades e também para o interior do nosso país, alimentando redes de tráfico de entorpecentes e o crime organizado.
Apresentador: E houve também apreensão de armas, presidenta?
Presidenta: Ah, houve sim, Luciano. De armas e de munições. Duas mil e duzentas armas, 280 mil munições e 20 toneladas de explosivos, veja você, foram apreendidos nas nossas operações. Imagine que esse armamento poderia estar hoje nas mãos dos criminosos. É por isso, Luciano, que vamos continuar agindo com muita firmeza para proteger as nossas fronteiras e a população do nosso país.
Apresentador: Presidenta, como funciona o Plano Estratégico de Fronteiras, que tem tido tão bons resultados?
Presidenta: O Plano Estratégico de Fronteiras está sendo executado em duas grandes operações: a Operação Ágata, que é liderada pelo Ministério da Defesa, mobilizando as Forças Armadas, e a Operação chamada Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça, que reúne a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e também a Força Nacional de Segurança. Essas duas operações são complementares.
Na Operação Ágata, as ações são feitas de forma ostensiva, com a presença maciça de efetivos militares inibindo as atividades criminosas em um ponto determinado da fronteira. Já a Operação Sentinela tem caráter permanente, ela atua no dia a dia fiscalizando as fronteiras. Para você ver como essas ações combinadas das Forças Armadas e das Forças de Segurança estão funcionando bem, Luciano, a gente pode te dar um dado: em um ano meio, foram desarticuladas 65 organizações criminosas e prenderam mais de 20 mil pessoas. Além disso, nós usamos também equipamentos de última geração nessas operações. A Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira, por exemplo, já estão usando os veículos aéreos não tripulados, os chamados Vant, na vigilância de nossas fronteiras.
Apresentador: Como são esses Vants, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano, o Vant é um avião pequeno que voa sem piloto. Esse avião faz o mapeamento de regiões de difícil acesso, registrando imagens em altíssima resolução e transmitindo essas imagens para a Polícia Federal. Mesmo à noite, Luciano, o Vant consegue enxergar a ação dos criminosos sem ser percebido por eles, Luciano. Com isso, os agentes identificam mercadorias suspeitas que atravessam a fronteira brasileira pelos rios, identificam garimpos ilegais e também pistas clandestinas usadas pelo tráfico.
Apresentador: Presidenta, os países vizinhos também participam dessas operações?
Presidenta: Olha, Luciano, participam sim. Nós estando unindo esforços com os dez países que fazem fronteira com o Brasil para que, juntos, possamos combater o crime organizado de forma mais eficiente.
Nós fizemos vários acordos, por exemplo, com a Colômbia, com o Peru e com a Bolívia. Grande parte das nossas operações, Luciano, é feita com a colaboração de todos os nossos vizinhos. Agora, queremos intensificar cada vez essa cooperação na área de inteligência e também fazer parcerias nas áreas de repressão ao crime. É com ações como o Plano Estratégico de Fronteiras que nós vamos construindo, junto com os países vizinhos, uma sólida rede de proteção das fronteiras, combatendo o tráfico de drogas, o contrabando de armas, o crime organizado. Com isso, nós trabalhamos pela segurança das famílias nas cidades brasileiras e por uma convivência de paz e harmonia com os países da América do Sul.
Apresentador: Presidenta, a conversa está boa, mas, infelizmente, o nosso tempo hoje chegou ao fim. Obrigado por mais esse Café.
Presidenta: Obrigada, Luciano. E uma boa semana para os nossos ouvintes.
Fonte: Café com a Presidenta
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