Planner inicia a análise de papéis da mineradora com um potencial de valorização de 37%
Obras do Superporto Sudeste, da MMX, em dezembro de 2012
São Paulo – A corretora Planner iniciou a cobertura das ações da MMX (MMXM3) com a recomendação de manutenção e um preço-alvo de 5,60 reais, o que sugere um potencial de valorização de 37%. Apesar de a projeção indicar um ganho interessante, o analista Luiz Caetano explica que talvez esse ainda não seja o momento ideal para se posicionar na empresa de mineração do empresário Eike Batista.
“A empresa tem hoje uma produção de minério relativamente pequena, custos altos de logística, vendas concentradas no mercado interno e endividamento elevado”, ressalta Caetano em sua análise. “Além disso, a recente autuação pela Receita Federal no valor de R$3,8 bilhões, que mesmo com valor absurdo, trouxe uma nova incerteza para a ação”, alerta.
“Enquanto isso, a MMX ainda vai carregar os problemas de empresas em estágio de forte investimento, como endividamento elevado, baixa geração de caixa e ausência de dividendos”, afirma.
A partir de 2015
Se agora ainda não é hora de comprar as ações, o analistas estima que a partir de 2015 isso pode acontecer. Caetano calcula que a empresa pode saltar de uma capacidade atual de produção de 10,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, para 31,2 milhões de toneladas por ano em 2015, isso considerando apenas os investimentos em curso.
“Estes investimentos darão à MMX uma boa escala de produção com custos baixos, o que permitirá à empresa ter um forte salto de lucratividade em 2015”, explica. Um porto (Superporto Sudeste) que está sendo construído desde julho de 2010 em Itaguaí, a 80 km da cidade do Rio de Janeiro e e a 2,3 Km da linha férrea da MRS.
A unidade irá eliminar a necessidade de exportação via a estrutura da CSN (CSNA3) e irá reduzir em 36% os custos de operação portuária. Além disso, a corretora lembra ainda que a MMX tem em sua estrutura acionária a participação de sócios que também são clientes potenciais, como a Wisco (Wuhan Iron & Steel), quinta maior siderúrgica do mundo, e a SK Networks , que faz parte do quarto maior grupo da Coréia do Sul (trading de recursos naturais, petróleo e telecomunicações).
FONTE: EXAME
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