quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Petrobras confirma "grande potencial" de Carcará, na Bacia de Santos

RIO - A Petrobras informou hoje que os dados coletados no poço 4-SPS-86B reforçam a expectativa de um “elevado potencial de vazão de óleo nos reservatórios perfurados” no poço de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos.
“Isso será comprovado com a continuidade das atividades exploratórias na área, que inclui a perfuração de um poço de extensão em 2013, quando será possível avaliar a produtividade dos reservatórios por meio de um teste de formação”, afirmou a empresa em comunicado ao mercado.
O poço, no bloco BM-S-8, é o terceiro perfurado na área do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) do 1-BRSA-532A-SPS (Bem-te-vi).
Carcará está localizado a 232 quilômetros da costa e foi perfurado em lâmina d’água de 2.027 metros. A partir de 5.742 metros de perfuração foi identificada uma expressiva coluna de pelo menos 471 metros de óleo de ótima qualidade - de 31° API e sem a presença de contaminantes como CO2 e H2S - com 402 metros em reservatórios carbonáticos de excelentes características de porosidade e permeabilidade. Segundo a companhia, dados de pressão obtidos indicam que esses reservatórios estão interconectados.
“Por questões operacionais, não foi possível atingir a profundidade final, prevista originalmente para 7.000 metros, e executar os trabalhos complementares de avaliação. Diante disso, o poço foi abandonado provisoriamente, o que permite a retomada da operação futuramente, caso o consórcio tenha interesse”, disse a companhia.
A produção do primeiro óleo de Carcará está prevista para 2018, com a prévia perfuração de poços de desenvolvimento ao longo de 2016-2017, seguindo o que estabelece o Plano de Negócios para o período 2012-2016 e o Planejamento Estratégico da Petrobras para 2020.
Diante do potencial de Carcará, o consórcio solicitou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a extensão do prazo do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) de Bem-te-vi, onde o poço está localizado, que venceria ao fim de 2012. O consórcio aguarda decisão da agência sobre o assunto.
A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção (10%).
Sérgio Michelucci, diretor de exploração da Queiroz Galvão, afirmou em comunicado que a decisão de realizar o TFR (teste de formação a poço revestido) não implica atraso no programa de delimitação da descoberta nem da implantação do plano de desenvolvimento.  A empresa afirmou que o primeiro TRF será realizado em um poço de extensão a ser perfurado no segundo semestre de 2013, após o teste de extensão do poço.
Fonte: Valor Econômico

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