RIO - A Petrobras informou hoje que os dados
coletados no poço 4-SPS-86B reforçam a expectativa de um “elevado potencial de
vazão de óleo nos reservatórios perfurados” no poço de Carcará, no pré-sal da
Bacia de Santos.
“Isso
será comprovado com a continuidade das atividades exploratórias na área, que
inclui a perfuração de um poço de extensão em 2013, quando será possível
avaliar a produtividade dos reservatórios por meio de um teste de formação”,
afirmou a empresa em comunicado ao mercado.
O
poço, no bloco BM-S-8, é o terceiro perfurado na área do Plano de Avaliação da
Descoberta (PAD) do 1-BRSA-532A-SPS (Bem-te-vi).
Carcará
está localizado a 232 quilômetros da costa e foi perfurado em lâmina d’água de
2.027 metros. A partir de 5.742 metros de perfuração foi identificada uma
expressiva coluna de pelo menos 471 metros de óleo de ótima qualidade - de 31°
API e sem a presença de contaminantes como CO2 e H2S - com 402 metros em
reservatórios carbonáticos de excelentes características de porosidade e
permeabilidade. Segundo a companhia, dados de pressão obtidos indicam que esses
reservatórios estão interconectados.
“Por
questões operacionais, não foi possível atingir a profundidade final, prevista
originalmente para 7.000 metros, e executar os trabalhos complementares de
avaliação. Diante disso, o poço foi abandonado provisoriamente, o que permite a
retomada da operação futuramente, caso o consórcio tenha interesse”, disse a
companhia.
A
produção do primeiro óleo de Carcará está prevista para 2018, com a prévia
perfuração de poços de desenvolvimento ao longo de 2016-2017, seguindo o que
estabelece o Plano de Negócios para o período 2012-2016 e o Planejamento
Estratégico da Petrobras para 2020.
Diante
do potencial de Carcará, o consórcio solicitou à Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a extensão do prazo do Plano de Avaliação
da Descoberta (PAD) de Bem-te-vi, onde o poço está localizado, que venceria ao
fim de 2012. O consórcio aguarda decisão da agência sobre o assunto.
A
Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil
(14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração
e Produção (10%).
Sérgio
Michelucci, diretor de exploração da Queiroz Galvão, afirmou em comunicado que
a decisão de realizar o TFR (teste de formação a poço revestido) não implica
atraso no programa de delimitação da descoberta nem da implantação do plano de
desenvolvimento. A empresa afirmou que o primeiro TRF será realizado em
um poço de extensão a ser perfurado no segundo semestre de 2013, após o teste
de extensão do poço.
Fonte: Valor Econômico
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