sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

SAM deve receber licença ambiental


Projeto Vale do Rio Pardo, no Norte de Minas, pode começar a ser implantado no início de 2014.


O Projeto Vale do Rio Pardo, da Sul Americana de Metais S/A (SAM), subsidiária da Votorantim Novos Negócios (VNN), orçado em R$ 4,236 bilhões e destinado à produção de 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano em Grão Mogol e Padre Carvalho, no Norte de Minas, está perto de receber a primeira licença ambiental.

Ontem, a empresa realizou, em Ilhéus (BA), a última das três audiências públicas exigidas pelos órgãos ambientais. Anteriormente, no começo desta semana, a SAM já havia feito as audiências em Grão Mogol e em Cândido Sales (BA), todos municípios que estão dentro da área de influência do projeto.

"Paralelamente, estamos desenvolvendo os estudos de engenharia e definindo os processos produtivos que serão implantados. A previsão é de que a licença prévia (LP) seja concedida nos próximos meses e a construção comece no início de 2014", afirma o diretor de Relações Institucionais da SAM, Geraldo Magela Gomes.

Anteriormente, a empresa admitiu que já estudava também possibilidades para ampliar o volume de 25 milhões de toneladas previsto no projeto com outros ativos que detém na região. Além disso, 20 milhões de toneladas anuais, o que equivale 80% do total projetado inicialmente, já estão negociadas com dois grupos siderúrgicos da China, que financiarão a maior parte do projeto.

Os investimentos no Estado incluem a lavra e planta de concentração nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho, além de um mineroduto que vai ligar o ativo ao terminal portuário a ser erguido em Ilhéus (BA). Também estão previstas duas barragens para fornecer água para as operações e para um projeto de irrigação com potencial para atender 500 unidades produtoras de até dois hectares na região.

O grupo Votorantim é hoje detentor de 100% do empreendimento, que já teve o geólogo baiano João Carlos Cavalcanti como sócio. No entanto, a Votorantim já tem um acordo de venda de todo o projeto para a chinesa Honbridge Holdings, mas será o gestor da implantação do complexo. A transferência para os chineses será feita gradualmente.

O empreendimento também prevê a construção de uma usina de pelotização, que ficará em município próximo ao terminal portuário no litoral baiano. Os investimentos nos dois empreendimentos ficarão próximos de R$ 1,5 bilhão. Do total da produção prevista de 25 milhões de toneladas anuais, 7 milhões de toneladas serão comercializadas em pelotas e o restante (18 milhões de toneladas) em concentrados com teor de ferro próximo de 65%.


Reservas - A companhia já confirmou reservas de 2,6 bilhões de toneladas de minério com teor de 20% de ferro em suas jazidas no Norte do Estado. O início das operações está estimado para meados de 2015, quando deve ser feito o primeiro embarque para a China e a previsão é de que já ao final desse ano o faturamento da empresa chegue a R$ 1,4 bilhão e R$ 3,4 bilhões no exercício seguinte.

O licenciamento do projeto está submetido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Porém, no caso das barragens, linhas de transmissão e adutoras, as licenças serão julgadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

As jazidas da empresa estão localizadas dentro da área de influência da nova fronteira minerária do Norte de Minas, com reservas estimadas em 20 bilhões de toneladas de minério de ferro, distribuídas em 20 municípios da região.

A construção das barragens, uma no rio Vacaria e outra no córrego do Vale, e o programa de irrigação demandarão aporte de R$ 60 milhões. Essas instalações são uma contrapartida para o uso de água no processo produtivo e de escoamento do insumo via mineroduto.

Fonte: Diário do Comércio

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