segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vale bateu recorde de produção no 4º trimestre


Crescimento foi de 3,1%.


A Vale S/A anunciou na sexta-feira a produção recorde de 85,4 milhões de toneladas de minério de ferro no quarto trimestre. Entre os fatores que impulsionaram o resultado está o volume de chuvas abaixo do normal no período, principalmente em Minas, que responde pela maior parte do mineral extraído pela companhia. Apesar disso, a mineradora não conseguiu reverter o baixo desempenho no início do ano passado e fechou o acumulado do exercício com pequena queda de 0,8% na comparação com 2011.

A produção registrada entre outubro e dezembro é 3,1% superior à verificada no mesmo intervalo do ano anterior, quando atingiu 82,944 milhões de toneladas. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2012 (83,926 milhões de toneladas) houve incremento de 1,9%.

Conforme o relatório da Vale, devido à sazonalidade, a produção de minério de ferro no último trimestre de cada ano é normalmente menor do que a do terceiro trimestre. Essa foi a primeira vez, desde 2003, que este desempenho foi verificado.

Ainda segundo a empresa, a extração recorde permitiu à Vale uma maior exposição ao rally de preços do insumo siderúrgico nos últimos meses do exercício passado. Após verificar quedas consecutivas no terceiro trimestre, chegando a ser negociado por US$ 85 a tonelada no mercado internacional, o minério de ferro voltou a subir e ultrapassou o patamar de US$ 140 a tonelada.

No acumulado de 2012, a produção de minério da empresa somou 319,960 milhões de toneladas, ante 322,632 milhões de toneladas no exercício anterior. A mineradora foi afetada de forma significativa pelas fortes chuvas registradas no início do ano passado e algumas operações chegaram a ser paralisadas.

Os complexos minerários da Vale em Minas Gerais são responsáveis por cerca de 66% da extração da commodity. O Sistema Sudeste, por exemplo, que compreende as operações Itabira, Mariana e Minas Centrais, produziu 115,587 milhões de toneladas em 2012. O volume é 3,8% inferior ao verificado no ano anterior, quando somou 120,153 milhões de toneladas.

Por outro lado, no Sistema Sul, que abrange os complexos Minas Itabiritos, Vargem Grande e Paraopeba, a volume produzido cresceu 5,3% no ano passado. Nessas jazidas, foram extraídas 80,3 milhões de toneladas, contra 76,253 milhões de toneladas em 2011.


Apesar da recuperação no final do ano passado, a Vale fechou 2012 com queda de 0,8% em relação a 2011

Samarco - Na Samarco, joint venture entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, instalada em Mariana (região Central), a produção apresentou pequeno incremento de 0,6% na mesma base de comparação. O resultado passou de 10,847 milhões de toneladas para 10,912 milhões de toneladas.

No Pará, o Sistema Norte da Vale registrou redução de 2,7% na produção em 2012 em relação ao ano anterior. A extração no complexo Carajás somou 106,786 milhões de toneladas, ante 109,795 milhões de toneladas em 2011.

Já o Sistema Centro-Oeste, que compreende os complexos Corumbá e Urucum, apresentou a maior variação no ano passado, com crescimento de 14,2%. A produção passou de 5,583 milhões de toneladas em 2011 para 6,376 milhões de toneladas.

A companhia anunciou também incremento de 2,3% na produção de pelotas em 2012 em relação ao ano anterior, passando de 53,817 milhões de toneladas para 55,067 milhões de toneladas. As pelotizadoras instaladas em Minas Gerais (Fábrica e Vargem Grande) produziram 8,1 milhões de toneladas, praticamente o mesmo volume de 2011 (8 milhões de toneladas).

No relatório a companhia ressalta que dois importantes projetos serão concluídos no segundo semestre deste ano. Um deles é Conceição Itabiritos, com investimentos de US$ 1,174 bilhão. O empreendimento em Itabira (região Central) compreende a instalação de uma nova planta de concentração com capacidade estimada de 12 milhões de toneladas anuais.

O outro projeto será o Carajás Adicional 40 MPTA, no Pará. Para aumentar a capacidade, está sendo construída uma usina de processamento a seco, orçada em US$ 3,475 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio

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