Usiminas e CSN já preparam novo reajuste de preços do insumo no mercado doméstico.
Com os rumores sobre possível elevação de preços dos aços planos, ações da Usiminas e CSN apresentaram variações significativas
Os rumores de um novo reajuste nos preços dos aços planos no mercado doméstico, a partir desta semana, impulsionaram a cotação das ações das principais siderúrgicas brasileiras na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As informações que circularam ontem dão conta que o aumento será generalizado e virá acompanhado de nova medida do governo federal para barrar as importações.
Com os rumores positivos para o setor siderúrgico, as ações do setor apresentaram variações significativas durante o dia. O papel preferencial da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas), USIM5, por exemplo, chegou a registrar alta de 8,3% no pregão de ontem. Porém, a ação fechou o dia negociada por R$ 9,79, o que representa alta de 5,95%, a mais forte do dia na bolsa de valores.
Os papéis da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registraram desempenho semelhante. Apesar de encerrar o pregão estável, sendo negociada por R$ 9,72. A ação da siderúrgica (CSNA3) chegou a registrar alta de 4,9% durante o dia.
Os rumores que circularam no mercado animaram os investidores. A segunda onda de reajuste nos preços dos aços planos em 2013, por exemplo, poderá resultar em melhores margens para as usinas brasileiras, que sofrem desde 2010 com a dificuldade repassar o aumento de custo para suas tabelas.
Apesar do efeito na Bovespa, o aumento ainda não foi confirmado pelas siderúrgicas, conforme distribuidores consultados pela reportagem. "Existem rumores que o aumento será a partir de 1º de março, porém, nenhuma siderúrgica nos informou oficialmente", disse um dos distribuidores de aço.
Demanda - Para especialistas ainda são poucas as possibilidades de um novo aumento nos preços do aço neste ano. O analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, explica que as companhias deverão repassar aumentos somente quando houver alta nos preços internacionais, o que não está ocorrendo atualmente.
O analista do Banco Geração Futuro Rafael Weber, também aponta a demanda interna como um dos fatores que as empresas levarão em conta para reajustar os valores do aço. "Analisando neste aspecto é difícil encontrar uma possibilidade para o aumento", afirma.
Além do reajuste, Weber explica que o mercado "cogita" a possibilidade de aumento na alíquota de importação do aço galvanizado por parte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), em março. A medida impactaria diretamente a CSN e a Usiminas, principais fabricantes no país.
Repasse - Os preços dos aços planos foi reajustado em janeiro deste ano. Os aumentos repassados para os distribuidores ficaram entre 3% e 8%. Entre os fatores que viabilizaram a elevação está o incremento dos preços internacionais, que ficaram menos competitivos. Atualmente, o prêmio (diferença entre os preços internos e externo) está em 0% para bobinas a quente e cerca de 3% para os laminados a frio.
Na semana passada, durante a divulgação dos resultados de 2012, a Usiminas confirmou que também está negociando o repasse para os clientes industriais. Apesar disso, a empresa não informou qual será o percentual de aumento.
Fonte: Diário do Comércio
Nenhum comentário:
Postar um comentário