As ferramentas de navegação da era da internet impulsionam a economia global, mostram estudos divulgados esta quarta-feira pela Google, gigante de buscas na rede.
A “indústria geoespacial” em nível mundial deixa 270 bilhões de dólares de ganhos por ano e as empresas do setor pagam mais de US$ 90 bilhões ao ano em salários, segundo um informe da consultoria Oxera, promovido pelo Google em seu site na internet.
“Se aqueles que desenham as políticas públicas, as empresas privadas, os pesquisadores e os consumidores continuam investindo nesta indústria emergente, podemos esperar que esta tecnologia continue impulsionando o crescimento da economia global a um nível mais amplo”, disse a consultora em seu informe.
A tecnologia geoespacial tem um efeito dominó dentro de um espectro muito amplo de atividades, pois permite da busca do telefone de um café próximo do usuário até o planejamento eficiente de rotas de transporte, passando pela escolha do melhor lugar para abrir uma loja ou colocar um painel de avisos.
A Oxera calcula que este negócio permitiu economizar, em nível mundial, US$ 17,3 bilhões em tempo ganho por usar esta tecnologia de navegação e que foram poupados 1,1 bilhão de horas de viagem graças ao desenvolvimento desta indústria.
Charlie Hale, da equipe do Google Maps, descreveu a indústria geoespacial como aquela formada por empresas que compram e vendem mapas e dispositivos de navegação.
Segundo Hale, a importante de empresa de transporte UPS utiliza uma moderna tecnologia de navegação para traçar rotas de entrega eficientes, levando em conta o clima, a altitude, a inclinação do trajeto e muitos outros fatores.
Os governos utilizam esta tecnologia para cobrir um amplo espectro de necessidades, de respostas a desastres naturais ao planejamento urbano e ao melhoramento dos sistemas públicos de transporte.
“A chave está em que não deveríamos dá-lo por certo”, disse Hale. “Os criadores de políticas públicas devem dar seu apoio para que a informação dos mapas esteja disponível e as empresas privadas, como a nossa, devem continuar investindo nisso”.
Aquelas empresas e países que possuem habilidades e informação geoespacial têm vantagens competitivas, disse Hale, citando o estudo da Oxera e outra pesquisa nos Estados Unidos do grupo Boston Consulting.
“É como qualquer transição tecnológica”, afirmou Hale. “Se você fosse um pequeno negócio de 50 anos atrás e a tua estratégia de marketing fosse aparecer nas páginas amarelas, aqueles que exibiam anúncios na televisão teriam uma vantagem competitiva”, comparou.
Hoje, as empresas que podem ser facilmente localizadas em mapas online estão um passo à frente.
Também surge uma nova evidência de que as pessoas que entendem e manipulam melhor as tecnologias de navegação da era digital têm maiores ganhos econômicos, disse Hale, filho de um professor de geografia do Maine (nordeste).
“Trata-se de poder usar imagens via satélite, tecnologia GPS, todas as ferramentas em que o trabalhador global médio deverá confiar”, disse.
Fonte: AFP, Glenn Chapman
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