segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

B&A vai priorizar Minas Gerais


Empresa recém-criada por Roger Agnelli pretende realizar no Estado a maior parte dos aportes. 



Agnelli (C): %u201CMinas é o centro damineração, por isso instalamos aqui o nosso escritório%u201D

Minas Gerais receberá grande parte dos investimentos da recém-criada B&A Mineração S/A, joint venture entre a AGN Participações, do ex-presidente da Vale S/A Roger Agnelli e o Banco BTG Pactual. Além de instalar a sede na capital mineira, a empresa anunciou na sexta-feira a intenção de montar um centro de soluções em mineração no Estado e de transferir a Rio Verde Fertilizantes, atualmente no Rio de Janeiro, para terras mineiras. O grupo entrou no mercado com capital de US$ 520 milhões, dos quais US$ 150 milhões já foram aportados.

"Acredito que Minas seja o centro da mineração no Brasil e por isso escolhemos instalar o escritório no Estado. Já temos olhado algumas oportunidades aqui, fundamentalmente relacionadas a fosfato, cobre e minério de ferro", afirma Agnelli. O empresário ressalta, porém, que as inversões em minério de ferro não são prioridade da empresa num primeiro momento, e que o recurso mineral será uma aposta mais a longo prazo.

Mesmo assim, já se sabe que a B&A prospecta oportunidades nessa área. Segundo o CEO do grupo, Eduardo Ledsham, já foram detectadas cerca de 52 oportunidades de negócios com minério de ferro, sendo que três delas já estão em andamento. Até julho deste ano, o executivo espera já ter o recurso como parte integrante do portfólio de projetos do grupo.

A B&A detectou cerca de 52 oportunidades de negócios envolvendo minério de ferro, sendo que três delas estão em andamento

Não foram detalhados quantos desses projetos de minério de ferro serão em Minas Gerais, por uma questão de confidencialidade estratégica. Mas o CEO garante que o Estado terá destaque nessas negociações. "Nós apostamos em Minas, principalmente nos ativos que podem agregar valor com expansões. Boa parte de nossos investimentos em minério de ferro são em Minas", afirma.

Também está na mira da empresa, no que se refere à mineração, Guiné, na África. Segundo Agnelli, a escolha do país tem ligação com a qualidade e a disponibilidade do recurso. Nesse caso, os resultados virão a longo prazo, em decorrência de restrições logísticas e das negociações com o governo local. Essas são, por sinal, as principais justificativas para que o retorno financeiro dos projetos na área serem de médio e longo prazos.

Levando-se em conta que a principal aposta no minério de ferro, no momento, diz respeito à qualidade do recurso e não à quantidade disponível nas jazidas, a empresa pretende também trabalhar como prestadora de serviços, realizando estudos no setor. Para isso, será criado, em Minas Gerais, um centro de soluções em mineração.

Dessa forma, além de beneficiar os próprios empreendimentos, a B&A irá também atender pequenos e médios mineradores. Ainda não foi decidido o tamanho do centro e, por isso, ainda não se sabe qual investimento será necessário. Mas, já se pleiteia buscar os recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Até o segundo semestre teremos uma proposta mais concreta sobre esse centro", afirma Ledsham.

Também será instalada em Minas Gerais a sede da Rio Verde Fertilizantes, da qual o grupo adquiriu 30% em uma transação que deverá ser finalizada no dia 6 de março e que atualmente se localiza no Rio de Janeiro. Para a aquisição foram gastos US$ 70 milhões. Outros US$ 30 milhões serão utilizados para a realização de projetos na área ainda neste ano.

Fonte: Diário do Comercio 

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