Empresa ainda não determinou o tamanho das reservas e nem a viabilidade econômica para a extração.
O consórcio Cebasf é detentor do direito de exploração de gás natural de bloco em Morada Nova de Minas
Entre setembro e outubro deste ano, a Petra Energia S/A deve definir o plano de avaliação da exploração de gás natural em seus blocos na bacia do rio São Francisco, no Norte de Minas, para depois determinar o investimento necessário e o cronograma para o início dos testes, que antecede e determina a viabilidade comercial do insumo encontrado nos blocos da empresa na região.
Desde novembro de 2010, quando a empresa iniciou sua campanha exploratória, até agora, foram perfurados 18 poços na região, em 14 blocos. Em 12 poços foram encontrados indícios do combustível. No entanto, a Petra ainda não determinou o tamanho das reservas e nem a viabilidade econômica para a exploração.
A empresa, sediada no Rio de Janeiro, não confirma o valor do investimento feito até agora, mas, conforme informou anteriormente, do início da campanha até o final do ano passado cerca de R$ 550 milhões foram direcionados para levantamentos sísmicos e geoquímicos, perfuração, testes, consultoria e contratação de equipes especializadas.
Sobre os poços, a Petra já afirmou que o custo médio de cada um varia em torno de R$ 10 milhões, mas, em função do conhecimento adquirido com cada perfuração, a companhia, conforme divulgado antes, deve atingir o custo de R$ 3 milhões por unidade de teste. Até o final deste ano, a empresa deve chegar a 31 poços perfurados na região.
A Petra já notificou a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que encontrou indícios de hidrocarbonetos em 12 poços já perfurados ou em perfuração em Minas Gerais. No entanto, em nota, a empresa afirma que "está concluindo todo o programa exploratório mínimo estabelecido pela ANP até setembro de 2013". "Todas as demais atividades são contingentes e só terão prazos definidos após aprovação do plano de avaliação", completa o texto.
Estudos - Os estudos da Petra em território mineiro começaram em novembro de 2010. A companhia fluminense possui 24 blocos exploratórios no Estado, localizados nas regiões Central, Alto São Francisco, Noroeste, Norte e Triângulo Mineiro. Os blocos foram arrematados pela empresa no sétimo leilão da ANP, em outubro de 2005.
Além das áreas em Minas, a Petra detém as seguintes concessões: um bloco na Bacia do Amazonas (AM), onde atua como operadora; sete na bacia do rio Parnaíba (MA), onde a empresa OXG é a operadora; e 21 blocos na bacia do rio Solimões (AM), onde a empresa HRT é a operadora.
A Petra Energia é controlada pela STR Recursos Naturais Ltda. A companhia do setor energético mantém filiais em Belo Horizonte e São Paulo (SP).
Além da empresa, possuem blocos exploratórios em Minas Gerais a Petrobras (seis lotes), a Geobras (nove lotes), a Tarmar Terminais Aeromarítimos (um lote), a Shell (cinco blocos) e o consórcio Cebasf, detentor do direito de exploração de gás natural no Bloco 132, em Morada Nova de Minas. Esse último é formado pelo governo de Minas que, por meio da Companhia de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Codemig), detém 49% de participação na reserva; a Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda (30%), a Delp Engenharia (11%) e a empresa capixaba Imetame (10%).
Fonte: Diário do Comércio
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