A Holcim Brasil S/A, subsidiária do grupo suíço Holcim, está trabalhando para manter o cronograma das montagens dos equipamentos e obras de expansão da fábrica de cimentos em Barroso, no Campo das Vertentes. Segundo o gerente do projeto, Pedro Lluch, "a seqüência de alguns trabalhos foi modificada para manter o prazo, com o novo forno operando no final de 2014".
Com investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão, a ampliação, iniciada em agosto do ano passado, vai permitir à empresa triplicar a sua capacidade de produção e atender à crescente demanda de cimento verificada no país nos últimos anos, da ordem de 5% ao ano.
De acordo com Lluch, a expansão está sendo feita inteiramente dentro da área industrial existente, que é de 659 mil metros quadrados. A superfície construída passa dos atuais 34 mil metros quadrados para 100 mil metros quadrados. "A ampliação é uma linha completa", esclarece.
Segundo ele, o projeto começa com a abertura de uma jazida (Mata do Ribeirão), seguida pela instalação de três britadores de calcário; uma correia de transporte do mineral desde a jazida até a fábrica com 7,5 km de comprimento; um moinho de cru; um moinho de carvão, uma linha completa de forno e um moinho de cimento, "que será o maior do mundo, com uma capacidade de 450 tonelada/hora de produção de cimento".
Neste mês, começou a fase do estaqueamento do pré-aquecedor. O equipamento, composto por cinco estágios de ciclones, é responsável por elevar as matérias-primas do processo de fabricação do clínquer, antes da sua entrada no forno.
Também foi iniciada a construção da nova linha de transmissão de energia elétrica, que terá quatro novas torres, com altura de 25 metros, e 600 metros de extensão, o que permitirá a alimentação elétrica da nova estrutura. A futura subestação terá potência instalada de 90 MVA, com capacidade para abastecer uma cidade de cerca de 340 mil habitantes.
Para a execução das obras de construção e montagem, que estão sendo conduzidas pela Mendes Júnior, estão sendo gerados cerca de 2.600 postos de trabalho. Quando a fábrica estiver em operação, serão criados 70 empregos diretos e 300 indiretos.
DIVULGAÇÃO
A ampliação da unidade da Holcim em Barroso está orçada em R$ 1,4 bilhão
Produção - Do total do investimento de R$ 1,4 bilhão, 18% são financiados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S/A (BDMG), 32% pelo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 26% de financiamento externo e o restante (24%) com recursos próprios da Holcim.
A produção atual de cimento é de 180 t/h. Com a expansão, será de 450 t/h, passando a produção anual das atuais 1,3 milhão de toneladas/ano para 3,6 milhões de toneladas/ano. Segundo Lluch, a expectativa é a de que, no primeiro ano de operação da nova fábrica, em 2015, "as instalações existentes parem para passar por reformas e manutenção".
No segundo ano, explicou, "a expectativa é de que a produção total das duas linhas de operação seja colocada no mercado". Os principais cimentos a serem produzidos são os do tipo CPIII-40-RS, CPII-E32, CPIII-32, ARI PLUS e ARI RS. Em virtude do aumento da produção, a extração de calcário passará dos atuais 1 milhão de toneladas/ano para cerca de 3 milhões de toneladas/ano, utilizando as duas jazidas (Capoeira Grande e Mata do Ribeirão).
Segundo Lluch, a nova produção, projetada para 3,6 milhões de toneladas anuais, será destinada para região Sudeste, "onde a Holcim pretende manter o nível de participação atual, de cerca de 11%". No mercado de Minas Gerais, explicou, a participação da Holcim Brasil, por meio das fábricas de Pedro Leopoldo e Barroso, é de aproximadamente 20%.
Mercado - Quando a Holcim anunciou a ampliação, em agosto do ano passado, a expectativa era de crescimento de consumo médio de cimento entre 4% e 5% ao ano, nos próximos dez anos. E essa projeção se confirma. "Muitos investimentos em obras públicas devem começar em breve", analisa, ressaltando que as empresas construtoras estão entre seus principais clientes, embora a Holcim também atenda ao varejo e projetos.
"A Holcim vê o futuro com muito otimismo, já que Brasil continuará a crescer às taxas atuais por vários anos e o mercado de cimento deve acompanhar esse crescimentoõ, projeta. Segundo Lluch, a empresa continua a estudar novos investimentos em diferentes regiões do país, "para continuar a ser um playerimportante no mercado de cimento no país".
Fonte: Diário do Comércio
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