A Usinas Siderúrgica de Minas Gerais S/A (Usiminas) anunciou ontem que o Conselho de Administração da companhia referendou, no último dia 21, a sexta emissão de debêntures simples de até R$ 1 bilhão, aprovada em reunião do dia 28 de novembro do ano passado. A oferta restrita foi concluída anteontem, tendo sido a diretoria autorizada a tomar todas as providências para a execução da operação.
De acordo com a ata da reunião do conselho da companhia, foram ofertadas debêntures simples e não conversíveis em ações. Os papéis terão vencimento em 30 de janeiro de 2019 e o pagamento dos juros será semestral. Em novembro, quando anunciou a oferta, a Usiminas informou tratar-se de uma operação financeira ordinária, no curso normal dos negócios.
Os recursos obtidos por meio da emissão serão utilizados para reperfilamento de dívidas vincendas em 2013 e reforço de caixa da companhia, dentro da gestão ordinária de seus negócios. Ou seja, a operação tem como finalidade alongar o perfil da dívida da siderúrgica e reduzir o impacto do pagamento de alguns débitos que vencem neste ano.
Na época do anúncio da operação, o mercado avaliou como sendo uma alternativa "interessante" para a Usiminas captar os recursos necessários, pois permitirá que a siderúrgica se mantenha com uma estrutura de capital reforçada. Com folga de caixa, a empresa poderá se reestruturar enquanto o mercado siderúrgico se recupera.
Ativos - A Usiminas ainda não divulgou os resultados do ano passado, mas até setembro registrou prejuízo líqüido de R$ 248 milhões, contra lucro de R$ 327 milhões no mesmo intervalo do ano passado. Com resultados ainda ruins, a empresa tem buscado alternativas para se reerguer, como por exemplo livrar-se de ativos pouco rentáveis e focar mais na área de siderurgia.
Um dos planos é se desfazer de suas unidades fabricantes de bens de capital e transformação. A siderúrgica pode vender ou atrair parceiros para os ativos não ligados diretamente à siderurgia, em especial a Usiminas Mecânica e Automotiva. As negociações nesse sentido já estariam em andamento, segundo a empresa.
A intenção de negociar esses ativos é antiga. Em março do ano passado, chegou a ser divulgado que a Usiminas teria um reforço de caixa de até R$ 2,5 bilhões caso se desfizesse das unidades Mecânica e Automotiva.
Fonte: Diário do Comércio
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