quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Produção em Minas fecha 2012 com aumento de 1,4%


Estado ficou na contramão do país, que registrou queda média de 2,7%. 

Dos 13 segmentos, sete tiveram desempenho positivo; setor de refino de petróleo e produção de álcool ( 8,1%) foi destaque

Apesar de ter registrado queda nos últimos dois meses de 2012, a produção industrial mineira encerrou o ano passado com crescimento de 1,4% em relação ao exercício anterior. O resultado ficou na contramão do país, que verificou recuou médio de 2,7% na mesma base de comparação. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os principais destaques positivos no Estado foram observados nos setores de produtos químicos, veículos automotores e refino de petróleo e produção de álcool.

Nas outras bases de comparação, o desempenho de Minas Gerais só foi pior do que o do país na comparação mensal. Em dezembro de 2012 ante o mês imediatamente anterior, a produção industrial caiu 1% no Estado e manteve-se estável no Brasil. Já frente a dezembro de 2011, a produção mineira aumentou em 4,1% ante um recuo de 3,6% na média nacional.

Além disso, os resultados da série dessazonalizada mostram que, em dezembro último, a indústria estadual ficou num patamar 3,2% abaixo do ponto máximo atingido em julho de 2008, antes da explosão da crise financeira internacional, enquanto a indústria nacional ainda se encontrava 4,7% abaixo daquele nível.

No ano passado, nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram queda na produção industrial. Foram eles: Amazonas (-7,0%), Espírito Santo (-6,3%), Rio de Janeiro (-5,6%), Paraná (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,6%) e São Paulo (-3,9%), Santa Catarina (-2,7%), Ceará (-1,3%) e Pará (-1,1%). Por outro lado, além de Minas Gerais, Bahia (4,2%), Goiás (3,8%), região Nordeste (1,7%) e Pernambuco (1,3%) assinalaram resultados positivos no encerramento de 2012.

Na avaliação o analista do IBGE Minas, Antônio Braz de Oliveira e Silva, é preciso destacar que a produção industrial do Estado vinha se recuperando de forma interessante no decorrer da segunda metade de 2012, mas sofreu diminuição nos últimos dois meses do exercício. "No fim das contas foi acumulada uma retração de 2,8% em novembro e dezembro, perdendo parte do avanço verificado em outubro, quando houve alta de 3,5%", diz.

Silva ressalta que, ainda assim, a indústria de Minas conseguiu encerrar o ano em condições razoáveis, dado o panorama nacional do setor. "No caso do Estado observamos que a indústria automotiva conseguiu aproveitar bem as medidas de incentivo do governo, o que não aconteceu em todo o país. Além disso, é preciso considerar também a base de comparação, que no caso de outros segmentos, foi mais fraca no ano anterior", explica.


O setor de produção de álcool foi um dos destaques positivos no ano passado

Anual - Na comparação entre dezembro de 2012 e dezembro de 2011, a produção industrial mineira avançou em seis das 13 atividades pesquisadas pelo IBGE. A principal contribuição positiva veio do setor de veículos automotores (17,6%), impulsionado em grande parte pela maior fabricação de automóveis. Também se destacaram os resultados positivos da indústria extrativa (11,6%) e de refino de petróleo e produção de álcool (21,7%), explicados em grande parte pelos avanços nos itens minérios de ferro, gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis.

Na outra ponta, as atividades de outros produtos químicos (-13,4%), alimentos (-3,9%) e metalurgia básica (-2,6%) tiveram os impactos negativos mais relevantes sobre o total da indústria mineira.

Já no caso do resultado anual da indústria do Estado, houve avanço na produção de sete dos 13 setores pesquisados, com destaque para os impactos positivos vindos de outros produtos químicos (16,6%), veículos automotores (5,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (8,1%). Por outro lado, o ramo de metalurgia básica (-5,1%) mostrou a influência negativa mais relevante sobre a média estadual.

Para 2013, a aposta do analista do IBGE é de que tanto Minas Gerais quanto o Brasil apresentem resultados positivos. " preciso esperar um pouco mais para qualquer projeção. Porém, a expectativa é de que fatores como câmbio e a desoneração da folha de pagamentos, por exemplo, comecem realmente a surtir efeito na produção", justifica.

Fonte: Diário do Comércio


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