O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento assinaram nesta segunda (11), na capital paulista, acordo de cooperação técnica para regularização ambiental de imóveis rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os ministérios serão parceiros no incentivo aos produtores a se inscreverem no CAR. Um serviço de satélite captará imagens de todas as propriedades rurais para conferir a situação de cada uma delas.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, explicou que existem cadastradas no Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra) 5,4 milhões de propriedades em todo país. O sistema começa a operar neste ano fotografando todas as propriedades e a ideia é montar uma base de dados que servirá para fazer a regularização ambiental. “As imagens são base do cadastro. As propriedades serão marcadas e identificadas e o próprio sistema diz se ali há uma área de preservação permanente (APP) e outros dados”.
A ministra disse que, identificadas áreas onde é necessário recuperar as APPs, será definida uma estratégia de recuperação ambiental junto com o órgão competente do estado e de acordo com o bioma local. “Nós precisamos do cadastro para poder definir a estratégia estado por estado, bioma por bioma, considerando bacias hidrográficas, nascentes, rios, culturas etc. É um trabalho que vai exigir engajamento de todo o país”. O sistema está sendo disponibilizado pelo Ibama para que os estados comecem a usá-lo assim que decidirem. A orientação do ministério é a de não tirar ninguém do campo, mas recuperar as áreas com total transparência.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, ressaltou que o cadastro é a segurança e a proteção do produtor com relação ao que ele está fazendo em sua propriedade a respeito do meio ambiente. “Com o CAR, nenhum produtor vai escutar discurso desnecessário. Muitos produtores estão assustados com o cadastro porque muita gente os assustam, dizendo coisas que não são verdade. O CAR vai permitir que eles tenham uma defesa ao seu alcance. Vai mostrar que as coisas não são tão sérias assim, que produzem para a alimentação e não agridem o meio ambiente”, finalizou.
por Agência Brasil
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