Objetivo é chegar a 90 milhões de toneladas anuais.
Paulo Castellari: primeiro embarque de minério programado para final de 2014
A Anglo American vai mesmo triplicar a capacidade de produção do projeto Minas-Rio, mas só a partir de 2016 ou 2017. O plano de expansão pode ser feito em uma ou duas etapas e, com isso, a produção deve passar de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano pode chegar a 90 milhões de toneladas anuais.
A informação, revelada pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO com exclusividade há cerca de um ano, foi confirmada ontem pelo presidente da Unidade de Negócio de Minério de Ferro no Brasil, Paulo Castellari, durante palestra no "Conexão Empresarial", promovido pela VB Comunicação, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
"Estamos focados na conclusão e entrega do projeto Minas-Rio, que tem seu primeiro embarque programado para o fim de 2014. Mas a expansão vai acontecer em uma ou duas etapas e somente entre 2016 e 2017", disse Castellari. O Sistema Minas-Rio é um projeto integrado para a produção de minério de ferro que prevê uma série de operações no Estado.
Conforme já informado pela Anglo, o insumo será extraído em um ativo localizado entre Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (Médio Espinhaço), onde também está sendo erguida uma planta de beneficiamento. Esta unidade, segundo Castellari, já tem cerca de 60% das obras concluídas.
A produção será levada por um mineroduto de 525 quilômetros de extensão
A produção será levada por um mineroduto de 525 quilômetros de extensão, entre o complexo mineiro e o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), onde a mineradora tem participação de 49%, em parceria com a LLX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. Aproximadamente 50% das obras do terminal portuário já estão prontas. Já o duto, segundo o executivo da mineradora, tem dois terços dos trabalhos gerais concluídos e a metade dos tubos já esta instalada.
O projeto viabilizará a produção de itabiritospellet feed com teor de ferro próximo de 68%, o que permitirá à Anglo American produzir o insumo com qualidade semelhante à de grandes players mundiais, considerando-se a Vale S/A, a BHP Billiton e a Rio Tinto, embora, em volume, a competitividade ainda não seja equiparada.
Entraves - Ao longo de sua implantação, o projeto Minas-Rio enfrentou uma série de problemas, a maior parte deles ligada ao licenciamento ambiental, e por isso vai custar mais do que o triplo do orçamento original. Orçado inicialmente na casa dos US$ 4 bilhões, o empreendimento vai demandar US$ 8,8 bilhões, além de sofrer um atraso de praticamente um ano e meio para o primeiro embarque do insumo.
O Sistema Minas-Rio foi adquirido pela Anglo da MMX Mineração e Metálicos S/A, também de Eike Batista, em agosto de 2008, por R$ 5,4 bilhões. E, se este valor for adicionado aos US$ 8,8 bilhões que o projeto demandará para entrar em operação, o gasto no empreendimento será da ordem de US$ 11,5 bilhões.
Só no ano passado, diz o presidente da Unidade de Negócios de Minério de Ferro da Anglo no Brasil, foram investidos cerca de R$ 900 milhões em compras de produtos e serviços de aproximadamente 180 fornecedores mineiros.
Fonte: Diário do Comércio
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