RBO prevê aporte de R$ 900 milhões em dez PCHs

Quatro projetos estão em Minas.  

Além das usinas da RBO, estão em implantação em Minas Gerais outras 7 PCHs

A RBO Energia, holding constituída para desenvolver, construir e operar projetos de fontes renováveis de energia elétrica, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai investir quase R$ 1 bilhão na construção de dez pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) nos próximos anos.

Os projetos estão distribuídos nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro, segundo informações do diretor administrativo e financeiro da RBO, Maurik Jehee. "Todos os projetos já estão em desenvolvimento. Serão R$ 900 milhões em investimentos, a maioria através de financiamentos privados. A expectativa é que as 10 PCHs estejam concluídas até 2016", afirmou.

Quatro dos dez projetos estão localizados em Minas Gerais, sendo que a PCH Santa Helena, em Lassance, no Norte do Estado, já está em construção. Já a PCH Grão Mogol, também no Norte de Minas, também já obteve licença de instalação (LI). Outros cinco projetos estão sendo desenvolvidos no Mato Grosso e uma PCH (Jambo) será erguida no Rio de Janeiro.

"A PCH Lassance deverá ser concluída no início do ano que vem, com potência de 4 mil megawatts de energia instalada", ressaltou.

Juntas, as usinas da RBO deverão produzir um montante de 163 megawatts (potência instalada), gerando mais de 769 mil MWh/ano. Este montante seria suficiente para abastecer 200 mil famílias por um ano, o equivalente a cidades como Natal, Teresina ou Campo Grande. A energia produzida será ofertada no mercado livre.

"Acreditamos que o mercado de PCHs é muito promissor no Brasil, onde a demanda por energia elétrica é crescente.  preciso supri-la para que o país possa crescer", disse.

A RBO foi formada pela junção de dois grupos (Orteng e Rio Bravo Investimentos), em maio de 2011. A holding foi constituída com 50% do Fundo de Investimentos em Participações da Rio Bravo e 50% da Orteng Energia.

Outras - Além das usinas da RBO, estão em implantação em Minas Gerais outras sete PCHs: a de Dorneles, em Passa Tempo; Fortuna II, em Guanhães; Senhora do Porto, Jacaré e Dores de Guanhães, todas em Dores de Guanhães; Mucuri, em Carlos Chagas; e Inhapim, na cidade de mesmo nome.

Porém, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgados recentemente, 69 empreendimentos previstos na área de geração de energia, que equivaleriam a 950.847 MW, ainda não saíram do papel. Dentre esses projetos que, embora já possuam outorga - autorização da Aneel -, ainda não se tornaram realidade, estão 34 PCHs, 17 CGHs, 16 Usinas Termelétricas de Energia (UTE) e duas UTEs.

Fonte: Diário do Comércio