Uma
nova versão do modelo regional BRAMS de previsão de tempo, cobrindo toda a
América do Sul, foi lançada pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos
Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE). O BRAMS,
versão 5.0, já está operacional para até sete dias
(http://previsaonumerica.cptec.inpe.br/). O modelo gera previsões com resolução
espacial de 5 quilômetros, enquanto o modelo anterior fornecia previsões com
resolução de 20 quilômetros. O avanço só foi possível devido a alta capacidade
de processamento do novo supercomputador CRAY, do INPE, o Tupã, instalado no
CPTEC, em Cachoeira Paulista.

Este
esforço coordenado pelo Grupo de Modelagem Atmosférica e Interfaces (GMAI)
colocou o CPTEC/INPE em posição de competitividade em relação aos principais
centros operacionais do mundo. O centro de previsão do National Centers for
Environmental Prediction (NCEP), por exemplo, gera previsões a partir de um
modelo similar – o National Mesoscale Model – de 4 quilômetros, 70 níveis
verticais e grade de 1371 x 1100 células, que cobre toda a região continental
dos Estados Unidos.
Para
desenvolver esta nova versão do modelo BRAMS, também utilizado para a previsão
e monitoramento da poluição do ar, utilizou-se um modelo não-hidrostático, que
representa com maior precisão processos físicos de menor escala, como o
desenvolvimento e dissipação de nuvens e chuvas. Diversos avanços em
parametrização (representações matemáticas de processos físicos) foram
realizados para nuvens, radiação solar e processos e dinâmicas de superfície.
A
avaliação comparativa para a média de chuva do mês de janeiro, na figura
abaixo, mostra o avanço da nova versão em relação à anterior do BRAMS,
apontando com maior precisão quantidade e localização das chuvas, como pode-se
observar no mapa de dados observados (medidas de estações meteorológicas,
satélites, bóias oceânicas, etc.).
Para
a implementação desta nova versão foi realizada uma grande reformulação do
paralelismo do modelo, empreendida pelo grupo de Processamento de Alto
Desempenho (PAD), do CPTEC/INPE. Este esforço permitiu a operação escalar de
dezenas de milhares de cores, tornando viável a operação do modelo, e ao mesmo
tempo extraindo o máximo de desempenho de processamento do supercomputador.
Fonte:
INPE
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