quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Tecnologia de ponta deverá alavancar o Vetor Norte

Prioridade é investir em tecnologia de ponta

Meta é agregar valor à produção.

Assim como Brasília (DF), que teve o plano-piloto como eixo de seu desenvolvimento, o Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) contará com o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o Contorno Metropolitano Norte e a Linha Verde, como os pilares de sustentação da chamada nova economia. Com a melhoria ou instalação desses equipamentos de infraestrutura, o governo mineiro espera atrair e estimular investimentos na área de inovação tecnológica, com produtos de maior valor agregado e empregos de qualidade. Entre os setores, destacam-se o de biomedicina, aeroespacial e componentes eletrônicos.
 
Nessa perspectiva de buscar investimentos da chamada economia do conhecimento para o Vetor Norte, o subsecretário de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Luiz Antônio Athayde, lembra que, numa época de competição global, incentivos fiscais não são suficientes.  preciso oferecer infraestrutura e criar condições de logística para atração de empreendimentos. E, ainda, investir em equipamentos de lazer, conhecimento e cultura para formar e fixar profissionais de alta qualificação.
 
As diretrizes dessa nova política de desenvolvimento estão contidas num estudo, o Plano Macroestrutural da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), concluído em abril de 2010. A ideia é transformar a região em um Corredor de Tecnologia Multimodal, formado por indústrias da economia do conhecimento, centros de pesquisa e desenvolvimento, além de infraestrutura capaz de ligar centros de produção a centros de demanda.
 
Entre os ramos que compõem essa economia do conhecimento e que já começam a se instalar no Vetor Norte estão os de turismo médico e de lazer; componentes eletrônicos, info-tech, ciências da vida, defesa e aeroespacial. E para dar apoio a esses segmentos, estão atividades ligadas ao turismo e negócios; à educação; e à logística de distribuição e comércio atacadista.
 
 
 
 
 
 
Moda - Em Pedro Leopoldo, por exemplo, na divisa com Confins, já está em fase de instalação o Fashion City, que pretende ser, como o nome diz, uma cidade da moda. Sua estrutura é formada por um centro de compras dedicado ao varejo, dois hotéis, uma faculdade de moda e um centro de convenções.
 
Localizado a apenas quatro quilômetros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, o centro, com 400 mil metros quadrados, demandará investimentos da ordem de US$ 148 milhões, nos próximos três anos.
 
E Ribeirão das Neves, antes conhecida como "cidade-dormitório", dada a falta de oportunidade de empregos, torna-se, a partir de agora, uma referência na área de alta tecnologia. Com investimentos da ordem de US$ 500 milhões, inclusive com a participação do Estado, através do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), do presidente da WS Consult, Wolfgang Sauer, e de Eike Batista, está sendo instalada a unidade industrial da SIX Semicondutores, para produção de componentes e circuitos integrados, microchips ou microprocessadores.
 
A expectativa é que o empreendimento atraia uma série de outros negócios de base tecnológica para Ribeirão das Neves, assim como a Fiat promoveu, nos anos 80, um cordão de fornecedores na região de Betim.
 
Outro grande empreendimento que pode colocar o município no mapa das inovações é o complexo penitenciário que está sendo construído no município via parceria público-privada (PPP). Apesar da resistência da população quanto à instalação de um novo presídio na região - onde já funcionam outras unidades prisionais como a José Maria Alkimin e Dutra Ladeira -, em janeiro será inaugurada a primeira unidade do complexo penitenciário, via PPP.
 
Vespasiano, outro município que compõe o Vetor Norte, também já começou a receber investimentos da chamada nova economia. Em 2010, com recursos da ordem de R$ 60 mihões, foi inaugurado o Núcleo Técnico Operacional do Hermes Pardini, o que permitirá ao laboratório ampliar a sua capacidade de produção em ate 50%, com previsão de novos contratos de análises laboratoriais para Colômbia, Peru e Chile.
 
Além de atrair investimentos e criar condições de mobilidade como a Linha Verde, o Contorno Metropolitano Norte e mais nove trechos de rodovias na área do Vetor Norte, o governo de Minas incluiu nesse projeto uma plataforma logística multimodal. A proposta é justamente criar uma área, às margens do Rodoanel, em Santa Luzia, para que os operadores logísticos possam trabalhar com sinergia superior à de zonas industriais convencionais.
 
Essa plataforma será formada por um conjunto de pátios para caminhões, espaços comerciais e indústrias de tecnologia. Segundo informações divulgadas pela Sede, os investimentos totais são da ordem de US$ 500 milhões, com possibilidade de viabilização por meio de parceria público-privada.

FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO

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