Por Marta Nogueira | Valor
RIO - O diretor financeiro da MPX – empresa do grupo EBX -, Rudolph Ihns, afirmou há pouco que a empresa prevê captar R$ 900 milhões para desenvolver o projeto da usina termelétrica Parnaíba II, no Maranhão.
Desse montante, segundo o executivo, R$ 400 milhões serão em debêntures e os outros R$ 500 milhões serão um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em reunião com analistas nesta manhã no Rio, o diretor financeiro da MPX afirmou que a empresa está feliz por não estar envolvida na discussão da MP 579, do setor elétrico. Segundo o executivo, o governo trabalha para reduzir as tarifas de energia e tem uma certa pressa para resolver a questão. No entanto, de acordo com ele, as medidas trarão “impactos significativos” para as empresas envolvidas.
“Estamos felizes por não participarmos dessa discussão. Essas empresas vão ter impactos significativos”, afirmou durante apresentação na sede da Apimec no Rio. “A impressão que tenho é que os projetos vão ter que ter mais investimentos da iniciativa privada.”
(Marta Nogueira | Valor)
Minas arrecadou R$ 833,481 mi
Volume contabilizado é referente ao acumulado entre os meses de janeiro e novembro.
RAFAEL TOMAZ.
AGÊNCIA VALE
A receita da Cfem segue em alta no Estado
A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) continua a avançar no Estado e já acumula o total de R$ 833,481 milhões entre janeiro e novembro. O valor é 17,9% superior ao verificado no mesmo intervalo do ano passado (R$ 706,530 milhões) e já ultrapassou o resultado registrado nos 12 meses de 2011 (R$ 788,8 milhões), conforme informações do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Somente em novembro, a receita com a Cfem somou R$ 142,719 milhões, o que representa incremento de 3,9% em relação ao mês imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 76,699 milhões, houve crescimento de 86%.
O avanço significativo na receita dos royalties da mineração começou a ser verificado em outubro, após negociação entre o departamento e mineradoras em torno das deduções consideradas indevidas no transporte de minerais. A prática resultou em uma verdadeira batalha entre municípios mineradores, DNPM e empresas.
Em nota enviada no mês passado ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o departamento informou que após varias discussões com diversas empresas em torno da dedução indevida do transporte conforme estabelecido na Instrução Normativa nº 6, de 9 de junho de 2000, houve o enquadramento, ajustando desta forma os valores devidos.
O incremento é verificado nos principais municípios mineradores. Em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, houve crescimento de 52,6% na arrecadação entre janeiro e novembro, ante igual intervalo do exercício passado. O resultado passou de R$ 104,439 milhões para R$ 159,428 milhões.
Em Itabira, na região Central, a receita com os royalties totalizou R$ 108,970 milhões nos primeiros 11 meses do ano. O número é 2,4% superior ao verificado no acumulado até novembro de 2011, quando somou R$ 104,439 milhões.
ALISSON J. SILVA
O avanço significativo na receita dos royalties da mineração começou a ser verificado a partir de outubro a arrecadação em Itabirito (região Central) totalizou R$ 64,971 milhões entre janeiro e novembro, ante R$ 54,119 milhões no ano passado. O resultado representa crescimento de 20% na base de comparação.
Outro importante município minerador é Congonhas, no Campo das Vertentes. O valor arrecadado nos 11 meses alcançou R$ 54,921 milhões, contra R$ 46,321 milhões entre janeiro e setembro do ano passado, alta de 18,5%.
Concentração - Minas Gerais continua a concentrar a maior parte da arrecadação dosroyalties no país, respondendo por 51,98% do total. Em seguida está o Pará, com 28,87% da receita.
No país, entre janeiro e novembro os royaltiestotalizaram R$ 1,603 bilhão. O montante é 15,3% maior do que o verificado nos primeiros 11 meses de 2011, quando atingiu R$ 1,390 bilhão, conforme o balanço do DNPM. O valor já é superior em 3,8% à receita de todo o ano passado, quando atingiu R$ 1,544 bilhão. A arrecadação da Cfem é dividida entre municípios, que ficam com 65%; estados, com 23%; e União, que recolhe 12% do valor total.
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