quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

FERROVIA PODE LIGAR NORTE DE MINAS GERAIS A PORTO CAPIXABA

Capixaba busca parceria em MG
Projeto para escoar os produtos do Norte de Minas em um novo porto no Espírito Santo.

A ideia é escoar, entre outros itens, o minério que será extraído na região


Os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo podem firmar parceria no projeto de implantação de uma nova logística de infraestrutura ferroviária no Norte do Estado. Minas aguarda a finalização dos estudos de viabilidade técnica sobre a construção de ferrovia que ampliará o escoamento de produtos daquela região, incluindo minério de ferro e outras commodities produzidas na região. Já o estado vizinho, de acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, Dorothea Werneck, teria interesse em construir um porto para o embarque da produção mineira.

"Eles nos procuraram com a ideia de levarmos a ferrovia até o porto que eles farão", afirmou a secretária durante a coletiva de divulgação dos resultados de 2012 realizada na última segunda-feira.
 
As conversas ainda estão no início, segundo o subsecretário de Investimentos Estratégicos, Luiz Antonio Athayde. "Estamos focados no estudo, que até março de 2013 deverá nos dar subsídios para sabermos de fato a capacidade de escoamento da região", disse.
 
Em agosto, o Estado assinou um contrato com o consórcio DB International GmbH, que ficou responsável pela realização de estudos de viabilidade econômica e o desenvolvimento da nova logística de infraestrutura ferroviária na região do grande Norte do Estado.
 
O projeto abrange as regiões Noroeste e Norte e dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. Além dos estudos da viabilidade socioeconômica para implantação de uma nova ferrovia, o levantamento poderá apontar, ainda, retificações de traçados para promover o uso mais intenso do transporte ferroviário.
 
Orçado em R$ 2,1 milhões, o levantamento está sendo financiado pelo Banco Mundial (Bird). O prazo previsto para a conclusão dos levantamentos é de dez meses, contados a partir da data assinatura do contrato. O consórcio contratado é formado pela empresa alemã DB International GmBh e as brasileiras Setepla Tecnometal Engenharia Ltda e Geotec Consultoria Ambiental Ltda. Conforme Athayde, a concretização do projeto será de fundamental importância para o desenvolvimento, não somente daquela região, mas de todo o Estado.
ALISSON J. SILVA

Athayde: estamos focados no estudo, que até março deverá nos dar subsídios

Mineroduto - Além dessa ferrovia, o Norte do Estado também será contemplado com a construção do mineroduto que integra o projeto Vale do Rio Pardo, da Sul Americana de Metais S/A (SAM). As obras do complexo minerário, que compreende o duto, abertura de mina e uma usina de concentração, no Norte de Minas, deverão ser iniciadas em 2014.
 
O projeto compreende a mina e uma usina de concentração no norte-mineiro, além de um mineroduto de 482 quilômetros entre Grão Mogol e Ilhéus. O duto irá atravessar 21 municípios em Minas Gerais e na Bahia e consumirá aportes de R$ 810 milhões.
 
O transporte do minério será feito entre a mina, localizada nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho, e o Porto Sul, em Ilhéus (BA).
 
O empreendimento está em fase de licenciamento ambiental e estudos. A empresa já requereu junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis a licença prévia (LP) e já apresentou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima). As audiências públicas serão realizadas em janeiro.
 
A previsão é que o licenciamento seja concedido em meados de 2013. O próximo passo será a obtenção da licença de instalação (LI), que deverá ser concedida no segundo semestre de 2013. O início das obras deve ocorrer em 2014, com startprevisto para o segundo semestre de 2015. O complexo terá capacidade de produção de 25 milhões de toneladas de minério de ferro anuais.

Fonte: Diário do Comércio

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