quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mapas digitais para GPS e celulares estão cada vez mais inteligentes

Calcular o tempo para chegar ao trabalho, escolher o trajeto com menos trânsito. Está tudo à mão, com os mapas digitais de celulares, tablets e GPS.
 
Sensores instalados em quase meio milhão de carros que percorrem o Brasil mandam as informações que vão compor o mapa do trânsito. Minuto a minuto, via rede de celular. Localização, direção e velocidade do motorista. Com as três variáveis o programa calcula se está livre ou congestionada a via.
 
A tecnologia do GPS não é barata. Isso explica porque é tão restrito o grupo de empresas que fazem o mercado dos mapas.
 
“No Brasil começamos a seis anos atrás com 25 cidades, hoje nós temos mais de cinco mil cidades do país já mapeadas; então obviamente o investimento começa muito forte na expansão, e na profundidade do mapa, e em um determinado momento começa a ser trocado o volume para o lado da manutenção, porque como a gente costuma dizer as cidades são organismos vivos. Então ela se altera e a gente precisa manter o ritmo”, fala o diretor da Naviteq, Elder de Azevedo.
Há quem pense que quem estuda geografia vai passar os dias dentro de uma sala de aula. São os profissionais da área que fazem o duro trabalho de revisar cada esquina, cada placa de trânsito, cada novo posto de gasolina, restaurante.
 
Os primeiros GPS surgiram na década de 1980. Era uma grande novidade tecnológica e o que faziam era ligar um ponto a outro. Hoje eles são muito mais do que “guias digitais”. Além de indicar o caminho, mostram se o trânsito flui ou não, se há acidentes ou obras no trajeto, apontam alternativas, falam. Alguns levam a gente longe antes mesmo de partir, com imagens de altíssima definição.
 
No território Google, o diferencial são as imagens. “Numa questão de meses nós vamos fotografar todas as grandes cidades do mundo e nos próximos dois anos a gente vai ter o mundo inteiro fotografado”, explica o diretor de produção Android, Hugo Barra.
 
O Street View é a marca pioneira dos serviços de localização. A novidade é o Google Now. A ideia é conhecer o usuário a ponto de responder antes de ele perguntar. “É o primeiro exemplo no mundo de uma nova geração de software inteligente. O Google Now te avisa a hora que você tem que sair para chegar num compromisso em outro lugar a tempo de não se atrasar”, completa Barra.
 
Os mapas do Google acompanharam o sistema operacional do iPhone e do iPad até que a Apple decidiu entrar no jogo. O novo iPhone 5 vem com o localizador próprio. Ele permite navegar em 3D como no Street View da concorrente.
 
“A Apple além de estar tirando usuários do serviço, com certeza vai tirar evidentemente receita da Google também. Então esse é o lado estratégico e pelo lado de desenvolvimento de produto também, a Apple vai lançar um GPS com a sua cara, com a sua estética”, fala o diretor da consultoria Frost e Sullivan, José Roberto Mavignier.
 
O caminho do “waze” é o da rede social. O mapa é construído pelos usuários. Verdadeiros repórteres do trânsito que encontram pela frente e tem cada vez mais adeptos.
 
“Não saio de casa sem esse aplicativo, para todo lugar que eu vou eu utilizo, mesmo que eu saiba o caminho eu vou trabalhar, estou usando o aplicativo”, conta o analista de rede, Rodrigo Augusto Camargo Damico.
 
A evolução dos aparelhinhos está longe do fim. Já sabemos que a tecnologia evolui depressa para um modelo que nos levará a lugares com imagens em tempo real. No ritmo que vai, não demora muito.

Fonte: Jornal Floripa.

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