sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Educação ambiental: um direito do cidadão

 
É sabido que a relação do ser humano com a natureza existe desde o surgimento deste na face da terra. É sabido também, que as civilizações antigas eram essencialmente camponesas, e por uma questão de sobrevivência nossos ancestrais começaram a desenvolver a capacidade de apropriar-se da natureza e dela extraírem seus sustentos para melhor viver.
 
Evoluíram e, com esta evolução surgiram núcleos rurais, organizações urbanas e cidades, nesse momento começa também a preocupação dos gestores com o processo educativo visando o bom convívio em sociedade. Na Grécia antiga, por exemplo, o sistema filosófico servia como base para a sustentabilidade do sistema social.
 
Atualmente a preocupação com a preservação e conservação ambiental encontra-se em franca expansão. Informações precisas sobre a vida moderna via mídia tornou-se uma necessidade básica em qualquer parte do mundo inteiro.
 
O marco conceitual aceito internacionalmente sobre educação ambiental e meio ambiente proposto na 1ª conferência sobre este tema ocorreu em Tbilisi em 1972, hoje é uma referência a premente da vida moderna.
 
Dessa conferência saiu à recomendação n. 01 que trata das funções, dos objetivos e de princípios básicos que norteiam a educação ambiental no mundo, como forma regulamentadora e orientadora na preparação de recursos humanos visando à sustentabilidade da vida.
 
Para muitos educadores e instituições de ensino, a educação ambiental é um poderoso instrumento de transformação da sociedade humana moderna, pois sabendo maneja-la corretamente irá atuar na sensibilização e respeito a valores éticos inalienáveis da vida e da justiça social.
 
No início do século passado o cientista Albert Einstein, já questionava, “porque estamos tão pouco felizes com esta maravilhosa ciência aplicada que economiza trabalho e torna a vida mais fácil? E respondia a si mesmo, alegando que era simples, é porque ainda não aprendemos a nos servir dela com bom senso”.
 
Existe hoje um programa chamado – PIEA – Programa Internacional de Educação Ambiental, coordenado pela ONU, integrando 133 países, com objetivo de aperfeiçoar e ampliar conteúdos, métodos, produzir material didático/pedagógico para educadores ambientais, visando acima de tudo sensibilizar a moderna sociedade humana para a difusão continuada da educação ambiental.
No Brasil a partir da década de 70 a educação ambiental, começou a dar seus primeiros passos como instrumento de mudanças conceitual sustentável. Em 1988 ouve um significativo reforço na educação a ambiental com o advento da constituição federal assegurando juridicamente ao país sustentabilidade continuada ao processo.
 
A região Amazônica e, em especial mato grosso, detentor de gigantescas riquezas naturais e humanas, constitui-se naturalmente em um referencial de convergência frutífera para soluções ou agravamento das questões em foco.
 
Sabemos que nos seres humanos, cientistas, pesquisadores, gestores e sociedade precisarão encontrar caminhos para desenvolver-se economicamente e preservar a continuidade da vida no meio ambiente.
Nesse viés, penso que a educação ambiental é sem duvidas um poderosíssimo instrumento de transformação e sensibilização do ser humano, bastando para isso que sejamos inteligentes. Portanto senhoras e senhores mãos a obra praticando o que nos assegura a carta magna do país.
 
*Romildo Gonçalves é Biólogo em Educação e Meio Ambiente, Perito Ambiental em fogo florestal e Professor pesquisador da UFMT/Seduc. romildogoncalves@hotmail.com.
 
Fonte: Diário de Cuiabá.

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