terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Brennand iniciará testes em área de expansão


Fábrica de cimento quer aumentar em 70% a capacidade de produção. 

Com a expansão, a capacidade de produção da Brennand será ampliada em 70%
Os testes na área de expansão da fábrica do Grupo Ricardo Brennand, em Sete Lagoas, na região Central, para produção do Cimento Nacional terão início em fevereiro. Com investimentos da ordem de R$ 95 milhões, a ampliação aumentará em 70% a capacidade de produção, passando das atuais 1 milhão de toneladas/ano para 1,7 milhão de toneladas/ano. Segundo informou o presidente da Brennand Cimentos, José Eduardo Ferreira Ramos, a partir de março a fábrica já estará "em pleno funcionamento". A expectativa para este ano é de crescimento da produção e de vendas na ordem de 40%. "O mercado está querendo o produto", anuncia.

Inaugurada em maio de 2011, ao custo de R$ 550 milhões, a fábrica de cimentos é responsável por um faturamento anual de cerca de R$ 400 milhões. Tem como principal mercado todos os estados da região Sudeste, além de alguma participação em Goiás e Bahia. Entre os principais segmentos, destaca-se o de distribuição e revenda, voltado para o varejo, que é responsável por 50% das vendas. "Este mercado, de formiguinha, do autoconstrutor, ainda está muito forte e cresce muito, principalmente no Nordeste", indica.

Também como importantes mercados, Ramos cita o das concreteiras, o das construtoras que executam grandes obras e compram cimento a granel, além das indústrias de artefatos de cimento, como por exemplo tubulações para esgoto, postes, telhas e meio-fios e, ainda, dormentes de metrô. "Antes, usavam dormentes de madeira, mas agora, em São Paulo, para a expansão do metrô, já estão usando cimento", informou.

Segundo Ramos, o mercado anda bem favorável para a indústria cimenteira. Somente no ano passado, com um Produto Interno Bruto (PIB) na casa de 1%, o setor cresceu cerca de 7% em todo o país. No Nordeste, onde o Grupo Ricardo Brennand está construindo uma fábrica de cimentos junto ao Grupo Meira Lins, em Pitimbu (PB), "o crescimento chegou a 14%", diz. Para este ano, a projeção do setor em nível nacional é de 5%. Para a Brennand Cimentos, é de 40%. "Estamos chegando com uma linha nova, com aumento da capacidade de produção", justifica.


Capacidade de produção aumentará para 1,7 milhão de toneladas por ano

E foi justamente o crescimento do mercado consumidor brasileiro, nos últimos anos, que motivou a ampliação da fábrica de Sete Lagoas - o que demandou a instalação de mais um moinho vertical, uma nova ensacadeira, uma nova paletizadora e novas balanças rodoviárias de expedição. Segundo Ramos, não é possível mensurar o tempo de retorno dos investimentos, considerando apenas os R$ 95 milhões para a ampliação. O projeto tem que ser pensado como um todo. Assim, considerando esses últimos aportes e os R$ 550 milhões para a instalação da fábrica, em 2011, a expectativa é de retorno num prazo médio de oito a dez anos.

"Atualmente, o retorno de um investimento deste porte não acontece em menor prazo", pontua, lembrando, no entanto, que uma fábrica de cimentos como a Brennand, em Sete Lagoas, foi projetada para funcionar ao longo de 50 a 70 anos. E, para a empresa, há ainda a garantia de abastecimento de seu principal insumo, o calcário.  que bem próximo à fábrica (instalada numa área de 30 hectares às margens da BR-040), também em Sete Lagoas, a Brennand tem uma reserva mineral capaz de atender a demanda de produção por um período igualmente longo.

Com a ampliação, Ramos acredita que em 2013 será possível aumentar a produção para 1,4 milhão de toneladas/ano e, no próximo ano, já será possível operar com capacidade plena, de produção de 1,7 milhão de toneladas. O número de empregos gerados deve aumentar para 320 diretos e cerca de 1.900 indiretos.

As expectativas são promissoras. As vendas a varejo continuam aquecidas, em virtude de melhores condições de emprego e renda. "Esse mercado está muito atrelado aos níveis de emprego", indica.


Infraestrutura - Mas, além desse segmento, Ramos também acredita no incremento do mercado, em resposta aos pacotes lançados pelo governo federal, especialmente aqueles de estímulo de participação da iniciativa privada em projetos de infraestrutura. "No ano passado, ficou muito claro que faltaram investimentos em infraestrutura para puxar a indústria. Para este ano, há boas perspectivas". Entre os segmentos mais promissores, destacam-se os de saneamento básico, portos, aeroportos e ferrovias.

Fonte: Diário do Comércio

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