sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ano começa aquecido para as captações de empresas




Após atingir o recorde de quase R$ 90 bilhões no ano passado, a captação de recursos pelas empresas no mercado brasileiro com a emissão de debêntures iniciou 2013 em ritmo acelerado. A expectativa é que as operações já em andamento e as que devem ser anunciadas nas próximas semanas somem pelo menos R$ 9 bilhões. O volume considera apenas as emissões que serão efetivamente distribuídas a investidores e exclui as concessões de crédito bancário realizadas na forma de debêntures.

A companhia de saneamento básico paulista Sabesp e a empresa de shopping centers Iguatemi já estão com ofertas no mercado. A concessionária de rodovias Triângulo do Sol, que adiou a captação que seria realizada no último trimestre de 2012, também retomou o negócio nesta semana. Outra emissão esperada é da Eletrobras, que paralisou a oferta diante das incertezas no setor elétrico após a decisão do governo de antecipar a renovação dos contratos de concessão.

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1. Debêntures iniciam ano com ofertas de R$ 9 bi

Além dos tradicionais emissores das áreas de energia e de rodovias, a Brookfield voltará a testar o apetite do investidor pelas incorporadoras imobiliárias, que até o ano passado era baixo. Companhias que estavam fora do mercado há alguns anos, como a Comgás, também avaliam captações.

Outra aposta para este ano é a da consolidação das ofertas de debêntures de investimento e infraestrutura, que contam com isenção fiscal para estrangeiros e pessoas físicas. A expectativa é que o sucesso das emissões das concessionárias Autoban e Raposo Tavares no fim de 2012 abra espaço para novas operações.

Com a mudança na lei que contemplou os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) com o benefício fiscal, desde que destinados a projetos de longo prazo, várias emissões devem se enquadrar nos requisitos. O Valor apurou que a Petrobras é uma das empresas que estudam fazer uma emissão de CRI com lastro em projetos de infraestrutura.

Os juros em queda ampliaram a demanda por títulos privados, tendência que deve se manter ao longo deste ano, afirma Leandro Miranda, diretor de renda fixa do Bradesco BBI.

Font: Valor Econômico

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