segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Diadema faz mapeamento das redes de água e esgoto


A Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) investiu R$ 690 mil para mapear as redes de água e esgoto da cidade por meio de geotecnologia computadorizada. O objetivo é aperfeiçoar e reduzir o tempo de atendimento à população, principalmente em casos de ligações de novos clientes e manutenções.
 
Antes de mudar o sistema, a autarquia municipal contava apenas com mapas em papel e desenhos no computador, muitas vezes dispersos entre as unidades. A empresa Imagem, vencedora da licitação, fez a conversão dos desenhos e transformou os dados em massas inteligentes dentro do programa GIS (da sigla em inglês para Sistema de Informações Geográficas), conforme explica o diretor de soluções Fábio Paiano. “Se hoje o consumidor reclama de falta d’água, o funcionário da Saned acessa toda a rede de abastecimento que atende àquela determinada região e consegue localizar mais facilmente se há vazamentos ou outros tipos de problemas, pois o raio onde deve buscar a ocorrência é menor.” A cidade conta com três reservatórios de água, nos bairros Jardim Inamar, Nações e Parque Real.
 
Com a implantação do GIS, a autarquia reduziu o tempo necessário para atender ocorrências na cidade. “Estamos em fase inicial de implantação e ainda não realizamos estudos comparativos, mas a experiência mostra que o acesso às informações otimiza o trabalho, sem dúvida”, destaca a coordenadora de Informática da Saned, Adriana Xavier.
 
 
 
 
Exemplo disso são as solicitações de novas ligações, conforme Adriana. Com o GIS, o atendente visualiza na tela se existe rede disponível no endereço indicado pelo cliente na hora. Em caso positivo, abre a ordem de serviço imediatamente. “Antes do GIS, era necessário esperar por uma consulta à área técnica da empresa”, relembra a coordenadora.
 
Outra melhoria para o consumidor, segundo Adriana, se refere à agilidade na prestação de serviços. “Quando a equipe sai para manutenção, dispõe de todas as informações sobre a rede: tipo de tubulação, dimensão, setor de abastecimento. Isso acelera a execução do serviço.”
 
Obras

No caso de obras realizadas por outras empresas na cidade, o sistema garante mais segurança para a autarquia, de acordo com Paiano, já que disponibiliza mapas completos da rede de abastecimento localizada no ponto onde serão realizadas intervenções. “Os documentos podem ser fornecidos com rapidez e, caso a rede seja atingida, fica claro de quem é a responsabilidade pelo ocorrido.”
 
Sabesp monitora região desde os anos 1990 – A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) monitora a região desde os anos 1990. Atualmente, a empresa atende as cidades de São Bernardo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
 
À época, o investimento no programa Signos foi de cerca de R$ 50 milhões. Durante vários meses os programadores desenvolveram o sistema, além de digitalizar milhares de documentos, plantas físicas e mapas, que passaram a ficar disponíveis no banco de dados. Uma vez implantada, a ferramenta proporciona visualização instantânea da localização de toda a infraestrutura de saneamento dos municípios operados.
 
Além do escaneamento de documentos já existentes, o Signos requereu longo trabalho de aerofotogrametria, uma vez que todas as instalações foram fotografadas por avião com especialistas da mais alta capacidade. Em todo o Estado, 33 mil quilômetros de rede de água e 23 mil quilômetros de redes de esgotos podem ser visualizadas nos 36 municípios abrangidos pelo sistema, incluindo o Grande ABC. Acrescente-se 210 reservatórios de água, 130 mil válvulas, 9.500 hidrantes, 4,7 milhões de ligações e 270 mil poços de visitas que podem ser visualizados.
 
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), responsável pela operação das redes em Santo André, e a Foz do Brasil, de Mauá, foram procurados para esclarecer se possuem sistemas semelhantes, mas não se manifestaram.
 
Fonte: Diário do Grande ABC.
 
 

 

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