Pesquisas da NASA e da Universidade de Washington reforçam que derretimento do manto de gelo da Antártica Ocidental pode elevar nível do mar acima do esperado
Divulgadas ontem, as pesquisas serão publicadas até o fim do mês nos periódicos científicos Geophysical Research Letters e na revista Science, respectivamente.
O estudo da Nasa com a Universidade da California apresenta múltiplas linhas de evidência, incorporando 40 anos de observações que levam à conclusão de que os mantos de gelo do Mar de Amundsen, na Antártica Ocidental, "passaram do ponto de não retorno", segundo o glaciologista e principal autor do estudo Eric Rignot.
Essas geleiras já contribuem significativamente para a elevação do nível do mar, liberando quase tanto gelo no oceano anualmente quanto a cobertura de gelo da Groenlândia.
É uma quantidade de gelo suficiente para elevar o nível do mar global em até 1,2 metros e que está derretendo mais rápido do que a maioria dos cientistas esperavam.
Rignot disse que estes resultados vão exigir uma revisão para cima das previsões atuais de aumento do nível do mar.
"Esta região vai ser um dos principais contribuintes para a elevação do nível do mar nas décadas e séculos vindouros", afirma em release oficial da NASA. "Uma estimativa conservadora é que poderia levar vários séculos para todo o gelo a fluir para o mar."
A equipe usou observações de radar captadas entre 1992 e 2011 por satélites que mapeiam as linhas de retração do gelo.
Glaciar pode sumir em 200 anos no pior cenário
Equanto o estudo da NASA analisa as mudanças sofridas na camada de gelo da parte ocidental da Antártica, a pesquisa da Universidade de Washignton faz projeções de médio e longo prazo.
A partir de mapas topográficos detalhados e modelagem por computador, os pesquisadores mostram que o colapso parece já ter começado e que o Glaciar Thwaites, o maior da região, provavelmente vai desaparecer em questão de séculos.
Essa geleira atua como um pivô do resto da camada gelada, que contém gelo suficiente para causar até 4 metros de elevação do nível do mar.
“Havia um monte de especulações sobre a estabilidade das camadas de gelo marinho, e muitos cientistas suspeitavam que este tipo de comportamento estva em curso", disse o principal autor Ian Joughin, glaciologista do Laboratório de Física Aplicada da UW.
"Este estudo fornece uma noção mais quantitativa das taxas em que o colapso pode ocorrer."
A boa notícia, dizem os cientistas – se é que é possível usar a expressão –, é que, enquanto a palavra "colapso" implica uma mudança repentina, o cenário mais rápido para isso ocorrer é de 200 anos, e o mais longo é de mais de 1.000 anos.
A má notícia é que tal colapso se mostra inevitável.
"Anteriormente, não sabiamos se o derretimento da geleira poderia desacelerar mais tarde, espontaneamente ou através de algum feedback," disse Joughin. "Em nossas simulações, não é possível ver nenhum mecanismo real de estabilização".
Fonte: http://www.exame.abril.com.br/
A partir de mapas topográficos detalhados e modelagem por computador, os pesquisadores mostram que o colapso parece já ter começado e que o Glaciar Thwaites, o maior da região, provavelmente vai desaparecer em questão de séculos.
Essa geleira atua como um pivô do resto da camada gelada, que contém gelo suficiente para causar até 4 metros de elevação do nível do mar.
“Havia um monte de especulações sobre a estabilidade das camadas de gelo marinho, e muitos cientistas suspeitavam que este tipo de comportamento estva em curso", disse o principal autor Ian Joughin, glaciologista do Laboratório de Física Aplicada da UW.
"Este estudo fornece uma noção mais quantitativa das taxas em que o colapso pode ocorrer."
A boa notícia, dizem os cientistas – se é que é possível usar a expressão –, é que, enquanto a palavra "colapso" implica uma mudança repentina, o cenário mais rápido para isso ocorrer é de 200 anos, e o mais longo é de mais de 1.000 anos.
A má notícia é que tal colapso se mostra inevitável.
"Anteriormente, não sabiamos se o derretimento da geleira poderia desacelerar mais tarde, espontaneamente ou através de algum feedback," disse Joughin. "Em nossas simulações, não é possível ver nenhum mecanismo real de estabilização".
Fonte: http://www.exame.abril.com.br/
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