Dois sistemas desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa na região do Pantanal estão popularizando informações técnicas, incentivando a sociedade a se familiarizar com os dados científicos e ajudando-os a tomar decisões de forma mais completa e segura.
O trabalho coordenado por Carlos Roberto Padovani, pesquisador da Embrapa Pantanal, desenvolvido pela Unidade e parceiros oferece uma série de alternativas para auxiliar a tomada de decisão de quem é influenciado diretamente pelas cheias.
O Sismopan e o GeoHidro-Pantanal foram criados dentro do projeto AgroHidro da Embrapa que investiga os impactos da agricultura, pecuária e mudanças climáticas sobre os recursos hídricos. Eles disponibilizam informação sobre a hidrologia local de forma ‘palatável’ e amigável, usando mapas, imagens de satélite, figuras, desenhos e animações para que o público leigo possa assimilar essa informação.
Essas iniciativas envolvem formas de monitoramento, interpretação e disponibilização de dados hidrológicos e meteorológicos (do ponto de vista geográfico) para a bacia do Alto Paraguai – Pantanal. A base das análises é feita pelo Sistema de Monitoramento do Pantanal (Sismopan). A equipe da Embrapa também utiliza as mídias sociais e um visualizador de mapas interativo, chamado GeoHidro-Pantanal, para exibir essas informações e disponibilizá-las gratuitamente na internet.
Entre longos períodos de seca e cheia, moradores ribeirinhos e criadores de gado ficam sujeitos a extremos ambientais pelos quais passam todos os anos no Pantanal. Ainda que as inundações e estiagens da região aconteçam de forma natural e os moradores locais estejam familiarizados com essa dinâmica, o conhecimento científico antecipa informações sobre eventos extremos, ajudando a adaptar as atividades humanas nas terras pantaneiras.
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