quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Petrobras lucra R$ 21,182 bilhões em 2012, com queda de 36%


Geração de caixa e produção física também recuaram em relação a 2011



Plataforma da Petrobras: desempenho inferior ao do ano retrasado

São Paulo – A Petrobras encerrou 2012 com queda de 36% em seu lucro líquido consolidado, para 21,182 bilhões de reais. A companhia também apresentou geração de caixa ajustada, medida pelo ebitda, de 53,439 bilhões de reais – uma queda de 14% sobre 2011.

A queda nos resultados ocorreu apesar do aumento de 15% na receita com vendas, que totalizou 281,379 bilhões de reais. O balanço mostrou que a produção física recuou 1%, de 2,622 milhões de barris diários depetróleo, para 2,598 milhões de barris.

Somente no quarto trimestre, o lucro líquido ficou em 7,747 bilhões de reais, 53% maior que os 5,049 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. A cifra veio acima do consenso estimado pela agência de notícias Bloomberg, que projetava 5,846 bilhões, após consultar vários analistas.

Já para o lucro líquido do ano, o resultado apresentado pode dividir os analistas, já que as estimativas oscilavam de projeções moderadas, como os 17,7 bilhões de reais do Deutsche Bank, até estimativas mais otimistas, como os 30 bilhões calculados pelo Bank of America.

"Dificuldades relevantes"

Nos comentários que encaminhou junto com os números trimestrais, a presidente da Petrobras, Graça Foster, atribuiu a queda do lucro a quatro fatores: a) aumento das importações de derivados, a preços mais caros; b) desvalorização cambial; c) aumento das despesas extraordinárias, como as geradas pelo reconhecimento dos poços secos; e d) a produção de petróleo que, embora dentro da meta, foi menor que a de 2011.

Em seu comunicado, Graça Foster afirma que reconhece "as relevantes dificuldades que se apresentam" e diz que sua gestão está "trabalhando ininterruptamente para superá-las".

Graça citou, ainda, as iniciativas que sua gestão tomou para melhorar o desempenho da empresa, como os programas para melhorar a logística e cortar custos, além dos investimentos que estão sendo revistos. Segundo a presidente da Petrobras, a produção de petróleo, em 2013, deverá permanecer nos mesmos patamares da do ano passado, mas informou que as novas plataformas que entrarão em operação a partir do segundo semestre devem sustentar um "aumento significativo" de produção em 2014.

Fonte: Revista Exame

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