sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Cheida confirma convite para assumir Meio Ambiente


Cheida: reunião com a bancada para “bater o martelo” 





O deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) foi convidado oficialmente ontem pelo governador Beto Richa (PSDB) para assumir a Secretaria de Estado do Meio Ambiente. O convite foi confirmado pelo próprio Cheida, que ocupou a mesma Pasta no governo Requião. O parlamentar disse que sua nomeação, agora, só depende de um aval final da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, o que deve acontecer logo após o feriado de Carnaval. “Vamos nos reunir após o Carnaval, e se a bancada bater o martelo, vamos sim (aceitar o convite). Da minha parte acho que dá para encarar”, explicou.

Cheida disse que Richa aceitou a reivindicação de que ele tivesse autonomia para nomear pessoas de sua confiança para os cargos mais importantes da Pasta, incluindo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão executor da SEMA. Essa foi uma das condições colocadas por ele para aceitar o convite. “Ele (Richa) aceitou sim. O governador concordou que tem que haver uma mudança grande para ter resultado”, explicou. 

Sobre as eleições de 2014, o deputado afirma que não há, nesse momento, um compromisso do PMDB de apoiar a reeleição do governador, até porque isso teria que ser discutido com todo o partido. “Mas é claro que um movimento como esse vai aproximando”, admitiu. O governador também confirmou o convite a Cheida, afirmando que já vinha pensando em ter o deputado em seu governo “antes mesmo das conversas com o PMDB”.

Palanque – Richa vem negociando a ampliação do espaço do PMDB no governo desde dezembro, quando os deputados estaduais e o ex-governador Orlando Pessuti se uniram, e derrotaram o senador Roberto Requião na disputa pelo comando do Diretório Estadual do partido. Com isso, o grupo isolou Requião, que alimentava o desejo de disputar novamente o governo pelo partido em 2014. 

O objetivo do governador com a reforma do secretariado é atrair PMDB, PSD e PSC para uma aliança formal para as eleições do ano que vem. O problema é que mesmo com a ampliação do espaço da legenda na administração estadual, o PMDB segue dividido. E mesmo os deputados estaduais que já dão sustentação ao governo na Assembleia alegam não terem condições de garantir o apoio do partido ao tucano em 2014. 

Além disso Pessuti, que chegou a confirmar ter sido sondado para assumir a presidência da Sanepar, alegou inicialmente que só decidiria após ouvir seu grupo político, e se tivesse autonomia para nomear aliados para as diretorias da companhia. O ex-governador mantém, ainda, relação com o PT da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apontada como principal adversária de Richa na sucessão estadual. E para evitar o “desembarque” do grupo de Pessuti na administração tucana, o PT teria oferecido ao ex-governador um cargo de direção na Itaipu Binacional, além da possibilidade dele ser candidato a vice ou ao Senado na chapa da petista. 

Ontem, um deputado estadual do PMDB que preferiu não se identificar afirmou que “a bancada desistiu de Pessuti”, indicando que diante da indecisão do ex-governador, as negociações para que ele emplacasse um cargo no governo Richa estariam encerradas. 

Suplente - Caso se confirme a ida de Cheida para o governo, o suplente Luiz Carlos Martins (PSD), deve assumir uma cadeira na Assembleia. (IS)
                                                                                                                              
Fonte: Bem Paraná

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